"Ó muçulmano, servo de Alá, há um judeu detrás de mim, venha e mate-o." |
Após a exposição pela Palestinian Media Watch e a tradução do vídeo, o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu pediu que o Procurador-Geral começasse uma investigação criminal para determinar se as declarações feriam as leis de incitamento de Israel. A resposta do Mufti foi: “Nunca dissemos ‘matem os judeus’. A Hadiz assim o diz. Eu não sou responsável pela Hadiz. A Hadiz está no livro. A Hadiz é uma nobre Hadiz, não é minha Hadiz”.
Comentário:
A refutação do Mufti é, naturalmente, apenas uma tentativa de fugir de uma investigação criminal. Se ele não concorda com a Hadiz, ele só poderia ter evitado mencionar isso. A Hadiz não é o Corão, e não é uma obrigação para um muçulmano acreditar nisso (embora, segundo uma pesquisa da AP, 73% acreditam nesta Hadiz específica). Mas o contexto de sua mensagem revela que o Mufti conecta a Hadiz com o conflito atual. Ele descreveu a "Palestina" como uma revolução que começou com a conquista muçulmana em 637 e continua até hoje - e, em seguida, citou a Hadiz.
O mais importante, porém, é que o Fatah, partido que é menos religiosamente motivado do que Hamas e considerado um partido moderado neste conflito, ainda usa esse tipo de retórica para atrair as massas. Perguntas devem ser feitas agora em relação à tradicional avaliação da suposta atitude religiosa moderada do Fatah. Em sua introdução à mensagem do Mufti no evento, o moderador da cerimônia colocou com firmeza o conflito dentro da área religiosa: “Nossa guerra com os descendentes dos macacos e porcos [maneira tradicional muçulmana de se referir aos judeus] é uma guerra de religião e fé”.
Em estudos tradicionais de resolução de conflitos nas instituições acadêmicas, é comum diminuir ou até excluir a religião como um fator. Neste círculos o que o Mufti disse é irrelevante. Mas este é um enorme e desastroso erro. Entre as pessoas religiosas, a religião é geralmente o principal fator de identificação. Isso é especialmente verdade entre os muçulmanos uma vez que o Islã é uma religião abrangente que governa o comportamento em todas as áreas da vida. Portanto, é impossível compreender as ações de uma pessoa religiosa, se você excluir suas convicções religiosas.
Tomadores de decisão em todo o mundo jamais poderão compreender o conflito no Oriente Médio se continuarem a ignorar o Islã. Eles não vão entender os muçulmanos ou ser capazes de prever suas ações. Porém, também não entenderão os israelenses. Israel não tem o luxo de ignorar a declaração do Mufti. Como eles podem? Eles se defendem contra as suas consequências diariamente. A não ser que a influência do Islã seja entendida, as ações de Israel serão sempre consideradas desproporcionais. Porque aos olhos dos acadêmicos - e dos políticos que eles aconselham - Israel está defendendo-se contra um fenômeno não-existente, irrelevante.
Fonte: Word of Life Israel
Fonte: Word of Life Israel
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