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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mufti da AP conclama à matança de judeus - maz diz que estava apenas citando Maomé

"Ó muçulmano, servo de Alá, há um judeu detrás
de mim, venha e mate-o."
Em uma cerimônia no início deste mês, celebrando os 47 anos de fundação da organização Fatah, a maior autoridade religiosa da Autoridade Palestina (AP), Muhammad Hussein, conclamou a matança de judeus. Numa reportagem do evento na TV oficial da AP, o Mufti (acadêmico islâmico a quem é reconhecida a capacidade de interpretar a lei islâmica) citou a Hadiz (tradições / corpo de leis / histórias Muçulmanas) que diz: “A hora [da ressureição] não virá até nós lutemos contra os Judeus. O judeu se esconderá atrás de pedras e árvores. Então as pedras e árvores dirão: ‘Ó muçulmano, servo de Alá, há um judeu por detrás de mim, venha e mate-o”.

Após a exposição pela Palestinian Media Watch e a tradução do vídeo, o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu pediu que o Procurador-Geral começasse uma investigação criminal para determinar se as declarações feriam as leis de incitamento de Israel. A resposta do Mufti foi: “Nunca dissemos ‘matem os judeus’. A Hadiz assim o diz. Eu não sou responsável pela Hadiz. A Hadiz está no livro. A Hadiz é uma nobre Hadiz, não é minha Hadiz”.

Comentário:

A refutação do Mufti é, naturalmente, apenas uma tentativa de fugir de uma investigação criminal. Se ele não concorda com a Hadiz, ele só poderia ter evitado mencionar isso. A Hadiz não é o Corão, e não é uma obrigação para um muçulmano acreditar nisso (embora, segundo uma pesquisa da AP, 73% acreditam nesta Hadiz específica). Mas o contexto de sua mensagem revela que o Mufti conecta a Hadiz com o conflito atual. Ele descreveu a "Palestina" como uma revolução que começou com a conquista muçulmana em 637 e continua até hoje - e, em seguida, citou a Hadiz.

O mais importante, porém, é que o Fatah, partido que é menos religiosamente motivado do que Hamas e considerado um partido moderado neste conflito, ainda usa esse tipo de retórica para atrair as massas. Perguntas devem ser feitas agora em relação à tradicional avaliação da suposta atitude religiosa moderada do Fatah. Em sua introdução à mensagem do Mufti no evento, o moderador da cerimônia colocou com firmeza o conflito dentro da área religiosa: “Nossa guerra com os descendentes dos macacos e porcos [maneira tradicional muçulmana de se referir aos judeus] é uma guerra de religião e fé”.

Em estudos tradicionais de resolução de conflitos nas instituições acadêmicas, é comum diminuir ou até excluir a religião como um fator. Neste círculos o que o Mufti disse é irrelevante. Mas este é um enorme e desastroso erro. Entre as pessoas religiosas, a religião é geralmente o principal fator de identificação. Isso é especialmente verdade entre os muçulmanos uma vez que o Islã é uma religião abrangente que governa o comportamento em todas as áreas da vida. Portanto, é impossível compreender as ações de uma pessoa religiosa, se você excluir suas convicções religiosas.

Tomadores de decisão em todo o mundo jamais poderão compreender o conflito no Oriente Médio se continuarem a ignorar o Islã. Eles não vão entender os muçulmanos ou ser capazes de prever suas ações. Porém, também não entenderão os israelenses. Israel não tem o luxo de ignorar a declaração do Mufti. Como eles podem? Eles se defendem contra as suas consequências diariamente. A não ser que a influência do Islã seja entendida, as ações de Israel serão sempre consideradas desproporcionais. Porque aos olhos dos acadêmicos - e dos políticos que eles aconselham - Israel está defendendo-se contra um fenômeno não-existente, irrelevante.


Fonte: Word of Life Israel

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