Guarda Revolucionária do Irã ameaça fechar Estreito de Ormuz

Pentágono: "A interferência do trânsito ou da rota de
barcos através do Estreito de Ormuz não será tolerada"

Os oficiais de alto escalão do Irã anunciaram que fecharão o Estreito de Ormuz se forem impostas sanções às exportações de petróleo bruto do país, disse Ali-Ashraf Nouri, um comandante da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.

As autoridades supremas do Irã, os aiatolás, destacaram que "se os inimigos imporem sanções à exportação do nosso petróleo, não permitiremos que uma só gota de petróleo passe pelo Estreito de Ormuz. Essa é a estratégia da república islâmica diante dessas ameaças", disse Nouri.

Na semana passada, o relator da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento iraniano (Majlis), Kazzem Jalali, disse que o Irã empregará todas as suas capacidades e possibilidades para defender o país contra as ameaças estrangeiras, e o país utilizará o Estreito de Ormuz como um instrumento de defesa e fechará a via navegável se ver-se ameaçado. "O Irã definitivamente utilizará o potencial defensivo do Estreito de Ormuz se enfrentar ameaças", afirmou.

Em dezembro de 2011, Estados Unidos, Inglaterra, França, Canadá, Itália e Alemanha advertiram o Irã quanto a qualquer tentativa de bloquear o Estreito de Ormuz, que é uma das rotas petroleiras mais importantes do mundo, com um ataque militar.

"Este não é só um assunto importante para a segurança e a estabilidade na região, mas também um salva-vidas econômico para os países do Golfo, incluindo o Irã", declarou o secretário de imprensa do Pentágono, George Little. "A interferência do trânsito ou da rota de barcos através do Estreito de Ormuz não será tolerada".

A União Europeia anunciou que já chegou a um acordo para proibir a importação de petróleo iraniano por parte dos países membros e, no dia 31 de janeiro, espera-se que na reunião dos mandatários europeus a decisão seja oficializada. No entanto, ainda precisam definir a partir de quando a sanção será efetiva.

Além disso, no dia 23 de dezembro, o presidente Barack Obama impôs novas sanções ao Banco Central Iraniano, que já resultou numa desvalorização de mais de 40% de sua moeda em apenas uma semana.

Fonte: Israel en 360º

Tradução: Jônatha Bittencourt