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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Duas Cúpulas: Israel e países árabes VS Irã em negociação com potências ocidentais

Arábia Saudita e Irã
Ocorreram duas cúpulas a respeito do Oriente Médio no final de semana passado. O contraste entre as duas destaca algumas das complexidades bizarras do conflito na região. A primeira foi realizada em Lausanne, Suiça, na qual uma coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, parece estar próxima a um acordo com o Irã sobre seus planos de usinas nucleares.

A segunda foi realizada em Sharm-El-Sheikh, Sinai, na qual a Liga Árabe, liderada pelos egípcios e os sauditas, se reuniu para formar uma coalizão contra a agressão das forças iranianas por todo o Oriente Médio, particularmente no Iêmen. Ironicamente, a maior parte da Liga Árabe está, basicamente, de acordo com a posição israelense em relação ao Irã.

O presidente egípcio Al Sisi se referiu ao Irã como “extremistas estrangeiros tentando intervir em nossa região”. O Egito e a Arábia Saudita propuseram a criação de uma força militar pan-arábica para se opor aos houthis apoiados pelo Irã, que estão tomando conta do Iêmen e indo em direção aos estreitos estratégicos de Bab-Al-Mandab do Mar Vermelho, que controla todo o comércio marítimo da Ásia.

Quem Está ao Lado do Irã?

Entre os palestinos, a OLP (Organização para a Liberação da Palestina) se juntou à coalizão Egito-Arábia Saudita, enquanto o Hamas ficou com o Irã. Entre os libaneses, o governo libanês se uniu à coalizão, enquanto o Hezbollah ficou com o Irã. Entre os iemenitas, o governo se juntou à coalizão, enquanto os houthis ficaram com o Irã. A Síria, que é apoiada pelo Irã, também ficou ao lado dele nesse conflito.

Os iranianos não são árabes, mas persas; o regime do aiatolá no Irã é xiita radical e lidera os radicais xiitas ao redor do mundo. O Egito e a Arábia Saudita são árabes e sunitas, e relativamente moderados. Al Qaeda e ISIS Estado Islâmico) são sunitas, mas Jihadistas extremistas. Eles favoreceriam o programa de Jihad dos iranianos, mas lutam contra eles para tentar controlar a Síria.

Fonte: Revive Israel

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Israel aprova construção de milhares de casas palestinas em Jerusalém Oriental

A notícia saiu hoje no Haaretz, o descrédito foi tamanho que o jornal chegou a comentar o post no Facebook dizendo que NÃO É PEGADINHA de 1º de Abril.
Bairro Jabal Mukkaber, em Jerusalém Oriental.
O Comitê Distrital e Planejamento e Construção de Jerusalém aprovou esta semana o maior projeto de construção para famílias palestinas desde 1967. O plano é construir 2.500 casas no bairro Jabal Mukkaber, região sul de Jerusalém Oriental. O projeto foi aprovado mesmo com forte oposição dos políticos de direita.

A região onde serão construidas as casas também receberá parquinhos, parques arborizados e outros espaços públicos próximos às escolas já existentes ali. A proposta é significativa no sentido de melhorar a qualidade de vida dos residentes árabes da cidade.

Assim a construção das casas reforça a soberania de Israel sob Jerusalém, mas também gera relacionamento entre os construtores e os donos de terrenos palestinos, facilitando assim a construção legal dos residentes árabes e a integração na sociedade israelense como um todo.


Fonte: Haaretz

terça-feira, 31 de março de 2015

O desafio do antissemitismo

Por Ari Shavit para o jornal israelense Haaretz.

Apesar da revolução sionista e de Israel ter se tornado soberano, continuamos sendo judeus. Enquanto judeus, devemos nos defender, e enquanto judeus devemos defender a justiça.
“Morte aos judeus” e uma suástica – pichação no chão da Catedral de Notre Dame, em Paris.   



Há alguns anos, publiquei um artigo contundente num dos principais jornais norte-americanos condenando o governo e o Estado de Israel por uma operação militar agressiva e malsucedida, em que centenas de milhares de civis tiveram de deixar suas casas e centenas de inocentes foram mortos.

Não tive dificuldades para publicá-lo. Fazer críticas a Israel garante um lugar de honra na mídia internacional. No entanto, não foi fácil ler algumas das entusiasmadas reações ao meu texto. Entre os que o aprovavam havia suecos defensores da paz e simpatizantes californianos, porém também pessoas indubitavelmente antissemitas.

Para minha surpresa, meu texto foi bem recebido por pessoas que adotam um posicionamento anti-Israel – de direita e de esquerda, cristãos e muçulmanos. Após ler suas cartas assustadoras, fiz uma promessa: nunca mais esquecer que pertenço a uma pequena nação perseguida, cujo desaparecimento é desejado por muitos no mundo. Terei sempre em mente que o Estado judeu, o povo judeu e os judeus enquanto indivíduos despertam impulsos sombrios em milhões de pessoas.

Nos últimos dois meses, testemunhamos tais impulsos saírem de controle. O antigo ódio voltou e com sede de vingança. Estudantes norte-americanos me contaram que nunca tinham sentido na pele o que estão vivenciando desde que teve início a operação Borda de Proteção – antissemitismo. Jovens britânicos relatam que jamais imaginaram que passariam pelo que seus pais e avós passaram – antissemitismo. E o mesmo se aplica à França e à Bélgica, evidentemente, à Espanha e à Hungria, ao mundo árabe muçulmano e a grande parte da Europa.

Tudo aflorou de uma só vez, as máscaras caíram. O repúdio legítimo à ocupação deu lugar à crítica injustificada a Israel, tornando-se um ódio maligno dos judeus. Várias das nações que enviaram os judeus de seus países para Auschwitz perderam todo o pudor. A fase de tolerância chegou ao fim, o ódio a Israel está de volta.

Não podemos ignorar o fato de que Israel deu aos novos antissemitas o que falar. Não há nada mais abominável do que um jovem palestino sendo queimado vivo num Estado judeu. Num Estado judeu democrático é simplesmente inadmissível que o ódio às minorias avance, com xenofobia violenta e vândalos em manifestações nas ruas. E as Forças de Defesa de Israel (IDF) devem fazer um uso mais cuidadoso e inteligente de seu imenso poder de fogo.

Contudo, nenhum dos pecados de Israel justifica o retorno do ódio. Winston Churchill bombardeou Dresden, Franklin Roosevelt bombardeou Tóquio e Harry Truman destruiu Hiroshima e Nagasaki. Nenhum homem decente no mundo acredita que graças a esses atos desproporcionais esses grandes líderes sejam criminosos de guerra. Bill Clinton atacou a Sérvia, Tony Blair atacou o Iraque e Barack Obama, o Afeganistão. Não há pessoa séria no mundo que considere que, por conta de tais ataques, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos tenham agido sem legitimidade.

Tão somente quando Israel faz uso massivo de seu poder, somente quando é Israel a mostrar uma feição mais dura, a reação é a negação de seu direito de existir. Apenas quando os judeus agem do mesmo modo que qualquer outra nação faria diante de circunstâncias semelhantes, o resultado é a raiva de sua simples existência.

O antissemitismo gera certas obrigações. Primeiramente, lança um desafio às nações do mundo: não cometam o mesmo erro do passado. A cultura ocidental deixará de ser uma cultura se permitir que o velho ódio se sobreponha à razão novamente. Porém, o antissemitismo também lança um desafio aos israelenses, de direita e de esquerda. É mister que os nacionalistas finalmente compreendam que não somos uma China ou uma Rússia, não somos uma superpotência. Tanto em função de nossos valores quanto de nossas circunstâncias, não podemos viver apenas pela espada.

Os liberais, por sua vez, devem igualmente entender que não somos a China nem a Rússia, tampouco uma superpotência. Somos uma nação diminuta, formada por uma minoria, que está sob ataque, e combater o preconceito contra essa nação é o mesmo que combater o preconceito contra as minorias negra, gay ou yazidi. Apesar da revolução sionista e de Israel ter se tornado soberano, continuamos sendo judeus. Enquanto judeus devemos nos defender, e enquanto judeus devemos defender a justiça.

Tradução: Rua Judaica

segunda-feira, 30 de março de 2015

Netanyahu acusa acordo nuclear do P5+1 com Irã de recompensar agressão

Essa semana as potências do conselho de segurança mais a Alemanha (P5+1) se reúnem com representantes do Irã na Suíça. O acordo parece tomar corpo a ponto do representante da Rússia se dizer otimista. Já para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o acordo só serviria para "recompensar a agressão do Irã".

Para Israel os riscos de um possível acordo são de diminuir as sanções e facilitar a chegada de urânio enriquecido da Rússia até o Irã. Dessa forma o Estado iraniano que já teve um dos seus presidentes dizendo que gostaria de varrer Israel do mapa poderia estar mais próximo de construir uma bomba atômica.

Por outro lado o Irã torce para que o acordo dê certo, pois assim aliviaria o bloqueio econômico e facilitaria a venda de petróleo para as potências ocidentais.

O resultado dessas negociações pode dizer para Israel se eles podem contar com o apoio do P5+1 para conter o desenvolvimento nuclear iraniano ou se estarão sozinhos contra uma ameaça nuclear emergente.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Um história sobre a política israelense

As eleições de Israel aconteceram ontem (18).
Por: Gabriel Paciornik

Deixem-me contar uma historinha para vocês, de como funciona a mentalidade política em Israel.

Em 2003 o ex-prefeito de Haifa, Avraham Mitzna, do Avodá, estava em campanha contra Ariel Sharon, do Likud para quem seria 1º Ministro.

A situação social em Israel era extremamente crítica. O Ministro da Economia do governo anterior, do Likud, o então ex-Primeiro Benjamim Netanyahu, fez um corte no Farewell State, que foi tão profundo que a população pobre ficou absolutamente miserável, sem emprego, sem auxílio e muitos, sem teto.
Os sem teto fizeram um grande acampamento de barracas em Jerusalém, no Kikar Ha'Lechem. Um repórter foi até lá e começou a entrevistar uma mulher nos seus 40, 50 anos (era impossível determinar se era velhice, infelicidade ou pobreza, ou tudo ao mesmo tempo). Ela tinha uma penca de filhos e, evidentemente, não tinha casa.

Para terminar a entrevista, o repórter perguntou para ela: "E você? Vai votar em quem? No Mitzna?" Numa tentativa de destilar o dessossego e a aversão às posições econômicas do Likud (que era contra quem ela estava protestando ali, afinal de contas).

"Mitzna? Deus me livre! Mitzna gosta dos árabes!" 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Israel constrói maior estação de energia solar em Ruanda

Uma estação com mais de 28.360 placas de energia solar foi construído pela empresa Gigawatt Global, de Israel, em Agahozo-Shalom Youth Village (Ruanda), um orfanato em estilo kibutz (comunidade agrícola) para as vítimas do genocídio ocorrido em 1994, permitindo o abastecimento de eletricidade para 15.000 casas. A estação tem o formato do continente africano e foi construída em menos 12 meses. Na África Subsaariana, cerca de 70% da população, 600 milhões de pessoas, não tem eletricidade.

Fonte: ALEF News

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ignorância pode ter cura

Como já disse o escritor Umberto Eco, “Nem todas as verdades são para todos os ouvidos”. No caso de extremistas, que só escutam a própria voz, a verdade é sempre assassinada, sobretudo por aqueles qualificados com o prefixo “anti” antes das palavras sionista, judaico e semita. Mas há situações em que se trata apenas de um típico pseudo-especialista: aquele que conclui, sem se aprofundar, e compartilha, sem raciocinar. Que se serve do “politicamente correto”, ora para agradar, ora para justificar. Que, por ter se tornado um momentâneo replicador de bobagens, não percebe que passou a ser leviano e inconsequente. Não importa se ele se autodenomina de esquerda, de direita, de centro ou não é nada. Dependendo do diagnóstico, e da boa vontade, esta ignorância pode ter cura. O importante é que ele tenha a mínima capacidade para, simplesmente, exercer o pensamento lógico. Então vamos lá:

Israel tem mais o que fazer do que participar de um confronto militar! O país possui a 22ª mais alta renda per capita do mundo, à frente da média da União Europeia; é o terceiro país com mais empresas listadas na Nasdaq, a bolsa de empresas de tecnologia, atrás apenas dos EUA e da China; possui a Teva, a maior empresa do mundo no segmento de medicamentos genéricos; se orgulha de ocupar a terceira posição entre os países que mais publicam artigos científicos/per capita; é destaque em número de patentes/per capita e, esta semana, jovens israelenses acabaram de conquistar a “Olimpíada Mundial de Matemática”. Por outro lado, de acordo com o jornal israelense Yedioth Ahronoth, nos últimos 30 dias a operação em Gaza provocou uma queda de 1,2% no PIB do país. Serão cerca de R$ 3,5 bilhões de prejuízo aos cofres públicos israelenses, sem contar os pesados investimentos na indústria bélica. Em Ashdod, Ashkelon e Sderot, as vendas chegaram a cair 70%. Em Tel Aviv, um terço. Será de US$ 1 bilhão a redução do valor arrecadado com o turismo. Ah, e o que dizer do fortíssimo recrudescimento do antissemitismo no mundo? E das lamentáveis mortes que já ocorreram? São tragédias irrecuperáveis! Então... para que Israel precisa de um conflito deste tipo???

Será que o governo Netanyahu está esperando um ganho político? Seria ingênuo acreditar que uma população bombardeada, que precisa correr a todo instante para abrigos antiaéreos, e que tem seus filhos na frente de batalha, estaria plenamente satisfeita, pensando exclusivamente em eleições. É evidente que cerca de 80% dos cidadãos israelenses só aprovam a operação militar porque não vislumbram outra alternativa. E isto não quer dizer que obrigatoriamente admirem o governo, mas sim que consideram esta operação militar um mal necessário para a sobrevivência - sua e do país. É como disse Golda Meir: “Se os palestinos abaixarem as armas, haverá paz. Se os israelenses abaixarem as armas, não haverá mais Israel". Com certeza, não serei nem eu, nem você, leitor, quem irá encontrar a solução mágica para resolver os problemas políticos, ideológicos, religiosos, territoriais e de recursos naturais daquele exíguo pedaço de terra...

Convém lembrar que, historicamente, Israel nunca iniciou uma guerra, assim como também nunca desrespeitou um cessar-fogo. No conflito atual, a autodefesa foi a única opção encontrada para evitar a morte de seus cidadãos. Por quantos anos Israel deveria ser atacado incessantemente por foguetes sem se manifestar? Quantos estudantes judeus teriam que ser sequestrados e brutalmente assassinados até Israel obter o legítimo direito da opinião pública para revidar? Quantos atentados a pizzarias ou a shoppings teria que aguentar para o contra-ataque ser justo? Vamos lembrar que, em novembro de 1947, a ONU decidiu pela “Partilha da Palestina”. Poucos meses depois, Israel declarou independência e, imediatamente, cinco nações árabes (Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque) invadiram o recém-criado país, em desrespeito flagrante à Resolução nº 181 da ONU. E o que aconteceu? Israel foi deixado à própria sorte pela comunidade internacional. Mas mesmo assim venceu a batalha. Em 1967, idem. Em 1973, em pleno Yom Kipur, idem. Na época, nem o "dia do perdão" foi respeitado, assim como hoje a cidade sagrada de Jerusalém é alvo de mísseis descontrolados. Os ganhos territoriais de Israel não vieram como consequência de uma iniciativa do país em atacar os árabes. Pelo contrário, foram resultado de ter sido invadido por eles, de forma covarde, insistente e desproporcional. E, mesmo assim, o país tenta dar a terra de volta em troca da paz, como fez com os egípcios, quando devolveu a Península do Sinai – que é maior do que o próprio território israelense –, e, da mesma forma, entregou a Faixa de Gaza aos palestinos. E o que recebeu em troca? Milhares de foguetes foram disparados a esmo contra a sua população civil... Volto a perguntar: para que Israel precisa de um conflito deste tipo??? Israel tem mais o que fazer do que participar de um confronto militar!

Por sua vez, o Hamas, enfraquecido internamente, fragilizado em termos regionais e dependente financeiramente do Qatar, tem grande interesse em se reerguer do pó. Em seu mais recente estudo/julho 2014, "Apreensões acerca do crescimento do extremismo islâmico no Oriente Médio", o Centro de Pesquisa do Pew Charitable Trusts analisou a opinião de 15 mil entrevistados, em 14 países, e concluiu que os palestinos são o povo mais radicalizado do Oriente Médio, quem sabe até do mundo, disposto a jogar tudo para o alto e se engajar em atividades lunáticas. Sobre a pergunta "Opinião dos palestinos sobre o Hamas", o resultado foi: em 2007, 62% favoráveis e 33% contrários; hoje: 35% e 53%, respectivamente. E, indagados sobre o islamismo em geral, uma maioria significativa (79%) se mostrou contrária. Porém, não são apenas os palestinos que criticam o Hamas. Veja a opinião do rei da Arábia Saudita, Abdullah Ibn Abdilaziz: “É um absurdo e uma desgraça o que estes terroristas estão fazendo em nome da nossa religião. Eles distorcem a imagem do Islã e trazem somente morte e destruição aos civis dos dois lados”. No entanto, para o Hamas, é imprescindível comprovar a todo custo que ele é o único grupo capaz de enfrentar o “eterno” inimigo israelense – e o mais bem preparado para exterminá-lo. Não é suficiente que demonstre esta intenção apenas na retórica; é preciso provocar e criar espaço na mídia para obter simpatia junto à opinião pública. Preste bem atenção ao que está escrito no estatuto do grupo: “A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por matá-los. E, mesmo que os judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: ‘Oh! Muçulmanos, Oh! Servos de Alá, há um judeu por detrás de mim, venham e matem-o”. Em virtude deste compromisso público e formal, Israel passou a realizar um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo para impedir que armas e matérias-primas cheguem aos membros do Hamas de forma contrabandeada. Como a Autoridade Palestina não tem o objetivo declarado de aniquilar Israel, não existe restrição semelhante na Cisjordânia.

Agora analise os objetivos do Hamas na visão de Mosab Hassan Yousef, filho de um dos fundadores do grupo: “O Hamas não é um partido político; nem sequer uma organização palestina. Ele sequestrou o que é chamado de 'causa palestina' e se infiltrou na sociedade para impor sua agenda político-ideológica. Eu gostaria de lembrar ao povo palestino o que o Hamas fez com o partido rival deles, o Fatah, em Gaza, quando o Hamas assumiu o controle alguns anos atrás: eles mataram os membros do Fatah do mesmo modo como estão matando soldados israelenses hoje. O Hamas não se importa com as vidas dos palestinos. Não pense por um segundo, por favor, que o Hamas se importa com o sangue das crianças. Eles querem que as crianças de Gaza morram. Isto é o que dá a eles a simpatia do mundo árabe e islâmico; e isto é o que condena Israel internacionalmente. Este é o jogo deles, e eles estão felizes com isso. Israel faz a eles o maior favor de lutar contra essa organização terrorista”. Certamente, o bem-estar da população de Gaza está longe de ser a prioridade da liderança do Hamas, que entende o povo como instrumento para alcançar seus objetivos: dizimar os judeus, criar um estado teocrático e enriquecer pessoalmente através da corrupção. Cada um dos 32 túneis destruídos por Israel custou cerca de US$ 3 milhões, demandou milhares de homens-horas e utilizou muitas toneladas de concreto. Se o Hamas tivesse o mínimo de preocupação social, usaria pelo menos parte deste dinheiro para construir escolas e hospitais para a população - em grande parte vivendo abaixo da linha da pobreza e com um índice de desemprego de 40%. Talvez por isto a última pesquisa de opinião feita com moradores de Gaza, antes do conflito, tenha detectado que 73% deles apoiam um entendimento pacífico com Israel. No entanto, para o Hamas, não tem conversa: a culpa é (e sempre será) do “inimigo sionista”! Para reforçar esta teoria, e tentar se manter de forma implacável no poder, o desesperado grupo não encontrou outro recurso a não ser provocar o conflito. A pergunta que não quer calar é: o que organizações terroristas como o Hamas, o Al Qaeda, o ISIS, o Hezbollah o Jihad Islâmico, entre outras, fizeram até hoje em benefício de seu povo ou da humanidade?

O ex-“Prêmio Nobel” israelense, Shimon Peres, definiu bem: “O conflito palestino-israelense terminou desde o momento em que Israel aceitou o estabelecimento de um Estado palestino. O que existe agora é um conflito entre o terrorismo e o antiterrorismo”. Caro leitor: os terroristas usam imensa criatividade para justificar os ataques a Israel. Amanhã, toda esta imaginação pode ter outro alvo: você! Cito as palavras de Martin Niemöller: “Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse".

Mauro Wainstock, jornalista e palestrante.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

"Israel só tem a perder com guerra em Gaza", diz Amós Oz para jornal alemão DW

Um dos maiores defensores da solução de dois Estados, escritor apoia direito israelense de se defender, mas vê atual ofensiva como excessiva. Para ele, quanto mais vítimas, melhor para o Hamas.
Amós Oz vê atual ofensiva israelense na Faixa de Gaza como fez em outros conflitos recentes envolvendo o seu país: de forma crítica. Um dos maiores defensores da solução de dois Estados, o escritor apoia o direito de Israel de se defender, mas condena ações militares excessivas – como, em sua visão, se tornou a atual.
Em entrevista à DW, o autor, que teve suas obras traduzidas para mais de 40 idiomas, demonstra ceticismo sobre o fim da guerra entre Israel e Hamas. As atuais hostilidades, afirma, só vão parar quando uma das partes estiver esgotada. E diz que Israel só tem a perder com essa situação.
"Quanto mais israelenses morrem, melhor para o Hamas. Quanto mais civis palestinos morrem, melhor para o Hamas", afirma.
Amóz Oz: Eu gostaria de começar a entrevista de uma forma diferente, apresentando uma ou duas perguntas aos seus leitores. Posso fazer isso?
Deutsche Welle: Claro.
Primeira pergunta: O que você faria se seu vizinho se sentasse na varanda do outro lado da rua, colocasse o filho dele no colo e começasse a atirar em direção ao quarto do seu filho?
Segunda pergunta: O que você faria se seu vizinho da frente cavasse um túnel do quarto do filho dele para o quarto do seu, com o objetivo de explodir a sua casa ou raptar a sua família?
Com essas duas perguntas, eu passo a palavra para você.
Presumo que – assim como no caso da guerra do Líbano de 2006 e da ofensiva de Gaza de 2009 – você apoia a atual ofensiva israelense à Faixa de Gaza?
Não, eu só apoio respostas militares limitadas, e não ilimitadas, assim como fiz em 2006 e, mais tarde, no último conflito em Gaza.
Qual é o limite para você?
Destrua os túneis de onde eles vêm e tente atingir estritamente alvos do Hamas, e não outros alvos.
Parece haver um problema aqui. Os túneis são um sistema elaborado e difícil de se encontrar. As entradas estão escondidas em edifícios públicos e privados, de modo que você teria que fazer buscas de casa em casa, o que afeta os civis. O mesmo se aplica para destruir lançadores de foguetes em áreas civis...
Bem, talvez não tenha jeito de evitar vítimas civis entre os palestinos se o vizinho coloca o filho no colo enquanto atira no quarto do seu filho.
A analogia da criança no colo é realmente adequada? Gaza é densamente povoada, e as posições do Hamas estão inevitavelmente em áreas civis.
Sim – e essa é a estratégia do Hamas. É por isso que Israel só tem a perder nessa situação. Quanto mais israelenses morrem, melhor para o Hamas. Quanto mais civis palestinos morrem, melhor para o Hamas.
Você considera a ofensiva terrestre atual limitada ou ilimitada?
Acho que em alguns pontos ela é excessiva. Não tenho informações detalhadas sobre o que está realmente acontecendo na batalha, mas a julgar por alguns dos ataques do Exército israelense a Gaza, acho que, ao menos em alguns pontos, a ação militar é excessiva – justificada, mas excessiva.
Então, qual é a sua sugestão?
Minha sugestão é uma aproximação com Abu Mazen [o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas] e aceitar os termos – que o mundo inteiro já conhece – para uma solução de dois Estados e a coexistência entre Israel e a Cisjordânia: duas capitais em Jerusalém, uma modificação territorial de comum acordo, a remoção da maior parte dos assentamentos judaicos da Cisjordânia.
Quando Ramallah e Nablus, na Cisjordânia, viverem em prosperidade e liberdade, eu acredito que, mais cedo ou mais tarde, as pessoas em Gaza vão fazer com o Hamas o que o povo da Romênia fez com Ceausescu. Eu não sei quanto tempo vai demorar, mas aconteceria, simplesmente porque as pessoas em Gaza teriam inveja da liberdade e da prosperidade dos seus irmãos e irmãs na Cisjordânia, no Estado da Palestina. Na minha opinião, essa é a solução, embora ela não possa ser implementada em 24 ou 48 horas.
"O mal supremo é a agressão e a única maneira de repelir a agressão é, infelizmente, pela força"
Você pode imaginar um Estado palestino que não seja hostil a Israel?
Plenamente. Acredito que a maioria dos palestinos não morra de amores por Israel, mas eles aceitam, a contragosto, que os judeus israelenses não vão sair de lá. Da mesma maneira que os judeus israelenses – a contragosto – também aceitam que os palestinos estão aqui para ficar. Essa não é uma base para uma lua de mel, mas talvez para um divórcio justo, assim como no caso da República Tcheca e da Eslováquia.
Mas isso evoca a imagem de um Estado palestino com uma economia em crise, um governo fraco que não consegue ser maior que grupos radicais e que pode usar a hostilidade em relação a Israel para permanecer no poder.
Isso depende da quantidade de apoio e ajuda material que o novo Estado palestino receberia de Israel, dos países árabes ricos e do resto do mundo. Muitas pessoas argumentam que a solução de dois Estados está morta, dada a quantidade de assentamentos e estradas construídas na Cisjordânia. Mas anos atrás, eu vi o primeiro-ministro Ariel Sharon remover todos os assentamentos judaicos e os militares judeus da Faixa de Gaza em cerca de 36 horas e sem derramamento de sangue. Não estou sugerindo que isso se repetiria facilmente na Cisjordânia, mas acredito que nada no mundo é irrevogável, exceto a morte.
No entanto, o governo de direita de Israel tem uma base de apoio forte entre os colonos judeus.
É um governo de direita apoiado por um partido centrista e pacifista chamado Yesh Atid. E é está nas mãos desse partido centrista e relativamente pacifista decidir o futuro do governo de direita.
Você fala de uma solução de longo prazo, mas o que poderia ser um acordo de curto prazo?
As atuais hostilidades só vão parar, infelizmente, quando uma das partes ou ambas estiverem esgotadas. Esta manhã, eu li com muita atenção a carta de princípios do Hamas. Ela diz que o profeta ordena cada muçulmano a matar todos os judeus em todo o mundo. Ele cita os Protocolos dos Sábios de Sião e diz que os judeus controlam o mundo através da Liga das Nações e das Nações Unidas, que os judeus ocasionaram as duas guerras mundiais e que todo o mundo é controlado por dinheiro judaico.
Eu quase não vejo perspectiva de um acordo entre Israel e Hamas. Eu fui um homem de acordos toda a minha vida. Mas mesmo um homem apaziguador não pode se aproximar do Hamas e dizer: "Talvez haja uma solução e Israel só existirá às segundas, quartas e sextas-feiras." O Hamas está exigindo atualmente que o bloqueio à Faixa de Gaza acabe. Eu concordo com isso. Eu acho que uma abundância de recursos internacionais, árabes e israelenses deveriam ser direcionados para Gaza em troca de uma desmilitarização eficaz. Esta é uma proposta que Israel deveria fazer imediatamente.
Isso não seria um sinal de que de que lançar foguetes seja um meio viável de exercer pressão?
Se o retorno for uma eficaz desmilitarização da Faixa de Gaza, tenho certeza que pelo menos 80% dos judeus israelenses vai endossar tal acordo – mesmo no presente estado de espírito militante.
Você está entre os 85% dos israelenses que querem que a ofensiva continue até que os objetivos estratégicos de destruir os túneis e foguetes sejam atingidos?
A única alternativa para continuar a operação militar israelense é fazer como Jesus Cristo e dar a outra face. Eu nunca concordei com Jesus Cristo sobre a necessidade de dar a outra face a um inimigo. Ao contrário de pacifistas europeus, nunca acreditei que o mal supremo no mundo é a guerra. Na minha opinião, o mal supremo no mundo é a agressão e a única maneira de repelir a agressão é, infelizmente, pela força. É aí que reside a diferença entre um pacifista europeu e um pacifista israelense, como eu. E se posso adicionar uma pequena história: um parente meu que sobreviveu ao Holocausto nazista em Theresienstadt sempre lembra seus filhos e seus netos que sua vida foi salva, em 1945, não por manifestantes de paz com cartazes e flores, mas por soldados e metralhadoras soviéticos.
Qual o efeito que as hostilidades constantes têm sobre as pessoas?
Um efeito muito ruim. Elas aumentam o ódio, o rancor, as suspeitas, a desconfiança. Mas este é o caso de todas as guerras. É uma suposição sentimentalista e muito comum a esperança de que, de alguma forma, os inimigos vão começar a entender uns aos outros e a gostar uns dos outros e, eventualmente, eles vão se conciliar e fazer a paz. Ao longo da história, as coisas sempre funcionam ao contrário. Inimigos com seus corações cheios de amargura e ódio assinam um contrato de paz de cara feia e com sentimentos de vingança. Então, no decorrer do tempo, eventualmente, pode-se conseguir uma melhora gradual.
Você escreveu há 50 anos que "mesmo uma ocupação inevitável é uma ocupação corruptora".
Eu não concordo comigo mesmo sempre, mas aqui eu ainda concordo. A ocupação é corruptora, mesmo que isso seja inevitável. Brutalidade, chauvinismo, estreiteza mental, a xenofobia são as síndromes habituais do conflito e ocupação. Mas a ocupação israelense da Cisjordânia não é mais inevitável.
Se você não tivesse começado a entrevista, eu teria perguntado: Como você está?
Bem, pessoalmente, eu não estou muito bem. Acabo de retornar do hospital após três cirurgias e estou lentamente me recuperando em casa entre uma sirene de ataque aéreo e outra. Quando as sirenes tocam, nós vamos para o abrigo, esperamos por alguns instantes e, em seguida, tentamos continuar as nossas vidas até o próximo aviso.
Você não conseguiu buscar abrigo em um hospital. Parece assustador.
Não, não é. Eu vivi uma vida longa e eu lutei no campo de batalha duas vezes. Por isso, só o que é assustador é quando penso em meus netos.
Os israelenses podem se sentir seguros?
O quão seguro o povo judeu se sente neste planeta? Eu não penso sobre os últimos 20 ou 50 anos, mas sobre os últimos 2 mil anos. Mas vou dizer-lhe que a minha esperança e oração para o futuro de Israel é que o país saia das primeiras páginas de jornal de todo mundo para conquistar, ocupar e construir assentamentos na literatura, nas artes, na música e na arquitetura. Este é o meu sonho para o futuro.

Fonte: Deutsche Welle

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ONG sofre tentativa de censura em sessão de emergência da ONU sobre Gaza


É terrível como os países Egito, Irã, Venezuela, Palestina, Cuba e Síria tentam censurar a ONG UN Watch que tem um histórico de luta pelos direitos humanos tão extenso. Os países que tentam interromper estão todas com a ficha muito suja, e ainda assim saem praticamente ilesos na ONU, enquanto o mundo inteiro (com exceção dos Estados Unidos) se mostra contrário ou indiferente para com os israelenses.

Hillel C. Neuer é diretor executivo da UN Watch, Organização de Direitos Humanos com sede em Genebra, na Suíça - cuja missão é monitorar o desempenho da Organização das Nações Unidas pelo critério de sua própria Carta. É credenciada no Estatuto Consultivo Especial do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) e Associada ao Departamento de Informações Públicas da ONU (DPI).

domingo, 27 de julho de 2014

A propósito do ‘anão diplomático’

Jacob Dolinger

Israel colocou em perigo seus soldados, sacrificando alguns deles, no esforço de minorar ao máximo as vítimas civis do inimigo

Assim que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou energicamente Israel pelo “desproporcional uso de força na Faixa de Gaza” e convocou seu embaixador em Tel Aviv a retornar a Brasília para consultas, o governo israelense, por seu Ministério do Exterior, lamentou que o “Brasil, um gigante cultural e econômico, permaneça um anão diplomático”.

Realmente lamentável o comportamento do governo da sra. Dilma.

Gostaria que nosso chanceler explicasse como ele mede “proporcionalidade” no campo bélico. Saberia ele que se Israel enviasse o mesmo número de mísseis que o Hamas lançou sobre Israel nos últimos anos, Gaza estaria totalmente destruída?

Sabe ele os cuidados que Israel tomou na semana passada avisando centenas de milhares de palestinos para abandonarem suas residências, possibilitando com isso que o Hamas soubesse exatamente onde o Exército israelense se preparava para atacar e causando assim quedas que não ocorreriam se os ataques fossem realizados de surpresa? Ou seja, Israel colocou em perigo seus soldados, sacrificando alguns deles, no esforço de minorar ao máximo as vítimas civis do inimigo.

Têm Sua Excelência e a presidente que ele serve a menor noção da barbárie dos dirigentes de Hamas forçando seu povo a permanecer em casa, enviando mísseis de hospitais e de áreas residenciais, para conseguir que a reação defensiva israelense cause vítimas civis entre o povo palestino?

Aliás, conhece o ministro alguma guerra que não causou vítimas civis? E que sempre houve desproporcionalidade entre o número de vítimas das partes envolvidas no conflito?

Não compreende o chefe do Itamaraty que em Israel praticamente não caem vítimas civis porque o Estado protege seus cidadãos, com o mais sofisticado sistema de alarme e refúgio?

Não está evidente aos olhos do governo brasileiro que esta, como as anteriores guerras entre Israel e Hamas, foi provocada pelos terroristas fanáticos que governam a Faixa de Gaza como déspotas medievais?

Fez o chanceler a mais elementar pesquisa para se assenhorar do que diz a Constituição do Hamas sobre seu desiderato de destruir Israel e eliminar toda a sua população?

A equipe do Ministério de Relações Exteriores se assenhorou dos longos e sofisticados túneis pelos quais os bárbaros se preparavam para atacar covardemente a população civil do Sul de Israel? Qual o nível do sistema de informação de que dispõe nossa chancelaria?

E tem o governo brasileiro uma equipe jurídica sofisticada que poderia adverti-lo de que condenar Israel por sua defesa contra o terrorismo pode perfeitamente constituir cumplicidade com os terroristas e as atrocidades que praticam? Aliás, o mesmo se aplica aos governos dos países da União Europeia. Será que isso traz conforto ao governo brasileiro?

E o povo brasileiro, os intelectuais, os estudantes universitários, os jornalistas, saberão aquilatar o fenômeno psíquico que reside atrás desta discriminação contra Israel?

Quanto mais o Estado de Israel progride em alta tecnologia, no avanço de sua medicina, de sua ciência; quanto mais Israel comparece para ajudar populações vitimadas por desastres naturais; quanto mais Israel contribui para minorar o sofrimento de certas populações africanas via todo tipo de assistência, quanto mais os judeus concentrados em Israel lutam por uma paz séria e duradoura com seus vizinhos — apresentando propostas irrecusáveis — sempre ignoradas pelos árabes, que por sua vez nunca oferecem contrapropostas; quanto mais Israel se revela um pais com o mais alto nível de democracia; quanto mais a Suprema Corte israelense atende a reclamações de palestinos; enfim, quanto mais Israel se destaca no plano intelectual, moral e jurídico, mais é vitimado pela hipocrisia das potências democráticas que, em vez de apoiar o Estado Judeu, lançam-se contra ele com mentiras, cinismo e má-fé.

Qual a razão mais profunda desta injustiça gritante e vergonhosa? Ninguem desconfia?

Que cada um examine sua alma, sua história familiar, sua educação, sua visão do mundo e responda honestamente por que a demonização do Estado Judeu, por que a campanha injusta, cruel e perversa contra o Estado construído pelos sobreviventes do Holocausto?


Jacob Dolinger é professor de Direito Internacional

Fonte: O Globo