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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Embaixada de Israel é fechada com suspeita de pó que pode matar

Envelope chegou à Embaixada de Israel no Brasil.
A Polícia Federal recolheu, na tarde de ontem, na Embaixada de Israel, na 809 Sul, um envelope com uma substância branca suspeita de ser antraz, um pó que pode infectar e matar uma pessoa. A PF deve abrir inquérito para descobrir a origem do material, que ontem mesmo foi enviado para o Rio de Janeiro, onde a corporação tem equipamentos modernos de análise biológica.

O antraz ficou mais conhecido no mundo em outubro de 2001, quando vários envelopes com o pó foram encaminhados para jornais e congressistas americanos. Na ocasião, ocorreu uma onda de pânico em algumas regiões dos Estados Unidos e em outras nações.


Na última terça-feira, a imprensa estrangeira noticiou que o consulado israelense em Boston, nos Estados Unidos, recebeu duas embalagens com substância semelhante.

A PF não deu mais informações sobre o assunto, mas deverá abrir uma investigação para apurar o caso. A Embaixada de Israel comunicou a ocorrência às autoridades brasileiras por volta das 15h. Imediatamente, a Polícia Federal acionou vários peritos do Instituto Nacional de Criminalística e da Superintendência do Distrito Federal. Conforme a corporação, a área foi imediatamente isolada até que o envelope fosse retirado pelos técnicos. A embalagem foi encaminhada para um departamento especializado no Rio e o espaço foi liberado para os funcionários.

Segurança

O envelope suspeito chegou à embaixada e foi retido pela equipe de segurança por volta das 13h. Nenhum funcionário do corpo diplomático teve contato com o material. Na última semana, pelo menos cinco consulados e embaixadas de Israel na Europa e nos Estados Unidos receberam, simultaneamente, envelopes brancos com a palavra “antraz” escrita neles. Segundo o jornal israelense Yediot Ahronoth, os conteúdos eram um pó inofensivo. A embaixada não interrompeu os serviços e funcionou normalmente. Não houve pânico. Os resultados dos exames realizados pela PF devem ser divulgados hoje.

Esta semana, houve um registro no consulado do país em Boston, que tamb ém recebu dois envolopes contendo resíduos de pó branco. O FBI, a polícia federal norte-americana, adotou o mesmo procedimento que a Polícia Federal e isolou a área e as ruas próximas at´que a substância fosse retirada do local. As autoridades consideraram o incidente como de nível 2, que não oferece riscos maiores. Segundo a rede de televisão CBS, nos envelopes continham indicação escrita de que havia antraz.

Historiadores acreditam que o pó branco, que carregaria um bacilo resistente ao meio ambiente, teria surgido no Egito antigo e gerado grandes acidentes naturais. A substância que aterrorizou o mundo há 10 anos seria uma modificação do bacilo em laboratório.

Memória

2001
Uma onda de cartas com antraz causou cinco mortes nos Estados Unidos em 2001. Vários envelopes foram enviados para jornais, órgãos públicos e congressistas americanos.

Setembro de 2010
Uma correspondência suspeita recebida no dia 30 de setembro pela embaixada americana em Paris levou os funcionários a serem submetidos a exames médicos. As investigações concluíram, entretanto, que o material não representava qualquer perigo. Um porta-voz da embaixada, Paul Patin, precisou que os dois empregados são franceses e afirmou que as atividades não saíram da rotina.

Na Turquia, seis soldados americanos e um turco foram colocados em quarentena em um hospital de Istambul após a descoberta de um pó suspeito em um pacote no aeroporto Atartuk, na mesma cidade. Os soldados americanos trabalhavam na recepção dos pacotes remetidos para sua unidade, em uma missão no país sob comando da Otan. Um dos militares encontrou o pó em um dos pacotes ao abrir uma embalagem que considerou suspeita.

Julho de 2010
Um embrulho suspeito também provocou medo nos chilenos. A polícia do país entregou ao Instituto de Saúde Pública (ISP) um pacote que chegou à chancelaria via mala diplomática e que trazia um envelope no qual se advertia a presença de antraz. Ao mesmo tempo, médicos começaram a examinar 25 funcionários que entraram em contato com a substância. O ISP descartou a presença da substância, mas manteve uma investigação para saber o responsável pelo envio.

Fonte: Correio Braziliense

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