Ahmadinejad: em busca de novos aliados que contribuam para evitar novas sanções. |
Mas o que o iraniano busca tão longe de seu país? Isolado no mundo após um sequente distanciamento de países outrora próximos, ele está desesperado por novos “amigos”. Seguramente não é esperado que ele traga uma mensagem de paz, uma contribuição aos direitos humanos, uma boa lição sobre os direitos das mulheres ou de tolerância religiosa. Lamentavelmente, sabemos que os pontos fortes daquele país não estão nesses temas, mas em uma introdução do terrorismo (veja os atentados cometidos na Argentina contra a Embaixada de Israel e a sede da Associação Mutual Israelense Argentina nos anos 90) com infiltração de grupos (como o Hezbollah) que não tem nenhuma ligação com pacificação ou desenvolvimento.
Um perigo à segurança mundial. |
Todavia, sua vinda à América Latina mostra que as sanções estão funcionando. Em uma clara demonstração de desespero, o Irã agora busca novos aliados, inclusive comerciais, a fim de evitar novas sanções ou embargos. A Comunidade Internacional comprova, mais uma vez, que impor sanções a este regime é uma boa opção diante das ameaças que o Irã representa, assim como diante da negação em interromper seu preocupante programa nuclear.
Deve-se lembrar que a sanções impostas representam, também, um repúdio às ameaças sofridas por Israel constantemente de ser “varrido do mapa” pelo iraniano. Israel, sendo o país mais abertamente e agressivamente ameaçado por Ahmadinejad, vê com preocupação estes esforços do Irã em exportar as tensões e os conflitos de outra parte do mundo à América Latina. Espero que ele não consiga. Confio que a América Latina irá se tornar um modelo de paz e de harmonia e, ao contrário das intenções do iraniano, exporte seu modelo de prosperidade, desenvolvimento e a democracia ao Irã.
Por Rafael Eldad, embaixador de Israel no Brasil.
Por Rafael Eldad, embaixador de Israel no Brasil.
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