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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não enxergam a maldade, não escutam a maldade, não publicam a maldade

O que está acontecendo no Oriente Médio que faz com que o ceticismo natural de um jornalista seja totalmente desvirtuado? Quando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defende publicamente a paz e as negociações com os palestinos, a reação comum de muitos meios de comunicação é colocar em dúvida as intenções de Netanyahu, acusando-o de estar encobrindo algo ou de ser mentiroso.

Mas o que acontece quando os palestinos fazem declarações públicas de intenções que não se ajustam à ideologia de apresentar Israel como o principal o principal obstáculo para a paz? Os meios de comunicação ignoram isso e raramente publicam a história.
Mas e se os palestinos estão, realmente, dizendo a verdade?

Logo abaixo, podemos ver o vídeo de Abbas Zaki, membro do Comitê Central do Fatah, sendo entrevistado na Al Jazeera no dia 23 de setembro de 2011 (legendado em inglês por MEMRI).


Segundo Abbas Zaki, um acordo com Israel baseado nas fronteiras de 1967, na realidade, faz parte de um plano de fases para destruir Israel em sua totalidade e tal política não pode ser comentada publicamente.

"O assentamento deve se basear nas fronteiras de 4 de junho de 1967. Quando nós dizemos que o assentamento deve se basear sob essas fronteiras, o presidente (Mahmoud Abbas) entende, nós entendemos, e todos sabem que o maior objetivo não pode ser alcançado logo de uma vez.

Se Israel se retirar de Jerusalém, terá de evacuar 650 mil colonos e demolir o muro - o que Israel acabará se tornando? Vai chegar ao seu fim.

[...]

Se nós dizemos que queremos varrer Israel do mapa... Convenhamos, isso é muito difícil. Não é uma política (aceitável) afirmar isso. Não diga essas coisas para o mundo. Guarde para si mesmo."

E o que está acontecendo com o Hamas, o elefante da sala que ninguém parece levar a sério? Não há meios de comunicação ocidentais que tenham publicado os comentários do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã no dia 02 de outubro:

O líder do Hamas disse que as negociações foram uma "miragem", e somente através da resistência armada Jerusalém e "a terra" poderiam ser libertadas. Exortou os negociadores palestinos a não fazerem nenhum acordo devido à incapacidade de "restaurar os direitos" do povo palestino, incluindo o direito de retorno dos refugiados palestinos.

Já que o "cérebro" do Fatah defende a destruição de Israel em vez de paz com o Estado judeu, e o Hamas reafirma, consistentemente, seu desejo de destruir Israel através da força, por que os meios de comunicação não informam a respeito?

Talvez os meios de comunicação devessem deixar de especular sobre as intenções de Netanyahu quanto à paz e começassem a informar sobre o evidente desejo real dos palestinos de destruírem Israel.

Fonte: Reporte Honesto
Tradução: Jônatha Bittencourt

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