Páginas

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Turquia volta atrás e aceita ajuda de Israel após terremoto

A oferta de ajuda poderia representar um primeiro
passo para a melhora das relações bilaterais.
O governo da Turquia solicitou nesta terça-feira ajuda a Israel para colaborar nos trabalhos de resgate e auxílio aos desabrigados do terremoto que atingiu o país no domingo passado. A decisão vem depois de os turcos terem rejeitado várias ofertas israelenses.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, está à frente dos preparativos para o envio da ajuda urgente à Turquia, segundo um comunicado oficial divulgado por seu ministério.


O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou nos últimos dois dias ofertas do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, para colaborar nos trabalhos de socorro aos desabrigados do terremoto de 7,2 graus que atingiu a região de Van.

Num primeiro momento, Ancara destacou em comunicado que estava investigando o impacto dos danos ocasionados pelo tremor e que não era necessário nenhum tipo de ajuda urgente internacional.

No entanto, funcionários do governo israelenses disseram que seus colegas turcos solicitaram oficialmente a assistência e que o chanceler da Turquia, Ahmet Davutoglu,  pediu a Israel o envio de estruturas portáteis para que possam ser usadas como casas temporárias pelos desabrigados, que enfrentam as baixas temperaturas da região.

Após a solicitação, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, determinou ao diretor de sua Chancelaria, Rafael Barak, que entrasse em contato com Ancara a fim de enviar o mais rápido possível a ajuda requerida.

A oferta de assistência poderia representar um primeiro passo para a melhora das relações bilaterais entre Turquia e Israel, estremecidas desde o incidente envolvendo uma flotilha turca que seguia com ajuda humanitária à Faixa de Gaza em maio de 2010. Soldados israelenses invadiram os navios para evitar que atracassem em Gaza, houve confronto e nove ativistas turcos morreram.

Ancara exige desculpas e indenizações às famílias das vítimas por parte de Israel, que se nega a faezr qualquer retratação. Para os israelenses, a flotilha foi uma provocação contra um bloqueio marítimo sobre a Faixa de Gaza.

Fonte: Redação Época com Agência EFE

0 comentário(s):

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário.