"Depois de 64 meses de duras negociações, estamos aptos a fechar o acordo", disse um oficial egípcio. |
Funcionários do Escritório do Primeiro-Ministro disseram que "uma pequena janela que possibilitaria a volta para casa de Gilad Shalit foi aberta", acrescentando: "A janela apareceu acompanhada de temores de que os regimes o Oriente Médio e o ressurgimento de forças extremistas poderiam tornar o retorno de Gilad Shalit impossível."
O comentário dos funcionários veio acompanhado de uma notícia da Al-Arabiya, segundo a qual um acordo havia sido realmente alcançado entre Israel e Hamas quanto à libertação do soldado das FDI, sob cativeiro do Hamas em Gaza desde 2006.
Netanyahu e o Ministro da Defesa, Ehud Barak, estão reunindo alguns ministros no Escritório do Primeiro-Ministro a fim de pressioná-los a votar no acordo. Os assessores de Netanyahu estimam que o acordo será aprovado pelo gabinete.
Netanyahu chamou o gabinete para uma reunião de emergência agendada para mais tarde, na qual os ministros devem discutir o estado das conversas destinadas a garantir a libertação de Shalit.
Falando ao Haaretz, um oficial egípcio disse: "Depois de 64 meses de duras negociações, nós estamos aptos a fechar o acordo. Foi uma tarefa muito difícil, que incluiu milhares de horas de negociações."
Também na terça-feira, altos oficiais egípcios confirmaram ao Haaretz que havia ocorrido um progresso significativo nas tentativas de chegar a um acordo para a troca de prisioneiros, o que levaria à libertação de Shalit.
Os oficiais confirmaram que uma delegação israelense, dirigida pelo chefe das negociações por Shalit, David Meidan, foi ao Cairo para, informalmente, discutir os detalhes de um possível acordo com o chefe da ala militar do Hamas, Ahmed Al-Jabari.
Da mesma forma que em outras rodadas de negociações por Shalit, a conversa informal foi supervisionada pelo Serviço de Inteligência Egípcio, liderado pelo chefe da Inteligência, o General Murad Muwafi e seus assessores.
Autoridades egípcias também disseram que chegaram a um acordo, recentemente, para incluir o acusado de espionar por Israel, Ilan Garpal.
Ativistas ligados aos direitos dos prisioneiros palestinos em Israel também mencionaram que uma greve de fome entre os prisioneiros em Israel estava ligado ao movimento de protesto, razão pela qual os prisioneiros do Hamas não aderiram à greve.
Fonte: Haaretz
Tradução: Jônatha Bittencourt
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