Amanhã, dia 23, será realizada a votação na ONU a respeito do reconhecimento unilateral de um Estado palestino. No entanto, este não é o único objetivo e a situação não é tão simples quanto a mídia tem afirmado. Oferecemos 4 exemplos:
- Campanha pró-Palestina se intensifica (matéria de La Nación);
- Comunidade judaica ou colônica judaica? (artigo de El País);
- A Favor do Estado da Palestina (artigo de El Periódico);
- Tempos "difíceis" devido ao reconhecimento de Estado palestino (matéria de Univision);
Na realidade, o voto a favor do reconhecimento unilateral de um Estado palestino representaria precedentes perigosos para o ocidente e para o mundo inteiro, alguns destes precedentes incluem:
1. O reconhecimento de um Estado cujo parlamento (Hamas) persegue explícita e abertamente a destruição de um Estado vizinho (neste caso, Israel).
O Hamas (representante do parlamento palestino) reiterou sua postura e o NÃO diante do possível reconhecimento de Israel como resposta à iniciativa de Abbas. Fonte: Hamas divulga manifesto sobre reconhecimento do Estado Palestino pela ONU
2. A legitimação de um método baseado em imposição unilateral de condições, em detrimento da negociação, do diálogo e da construção de consenso.
Abbas almeja um Estado palestino "livre de judeus". Exemplo que ilustra que a liderança palestina está baseada em ódio e antissemitismo. Fonte: Abbas não quer um Estado judeu
3. O desmerecimento dos interesses de um país vizinho, particularmente a necessidade e o direito de garantir a segurança de seus cidadãos (neste caso, Israel).
Como já foi analisado, a declaração unilateral é uma ameaça concreta às fronteiras de Israel, reconhecidas por órgãos internacionais. Fonte: Resultados preocupantes de uma pesquisa entre palestinos
4. O incentivo aos regimes da região à obtenção de êxito político mediante atos provocativos contra Israel (por exemplo, as ameaças da Turquia) e contra a paz, neste caso com Israel (por exemplo, reclamações do Irã, distúrbios na Embaixada de Israel no Egito).
Dias antes da votação, a Turquia ameaçou romper o bloqueio naval imposto por Israel - reconhecido como legal e necessário pela ONU (Informe Palmer). Uma multidão de cidadãos egípcios atacou a embaixada de Israel em seu país, colocando em perigo a vida dos seguranças e causando a retirada do embaixador.
As implicações dos fatos precedentes são profundas e transcendem a situação no Oriente Médio. O que está em jogo é muito mais que o reconhecimento de um Estado. O que está em jogo é o processo no qual deve ser conquistado o progresso político: por meio do diálogo ou por imposição? O que está em jogo são as condições exigidas a um potencial membro da ONU: é permitida a inclusão de países que tentam de forma explícita destruir seus vizinhos?
Atue para assegurar que as pessoas compreendam a complexidade do voto e que se forme uma opinião informada e responsável. Envie para outros este relatório, compartilhe em suas redes sociais. Difunda a mensagem.
Fonte: ReporteHonesto - Links: Cessar-Fogo
Tradução: Jônatha Bittencourt
0 comentário(s):
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário.