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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Obama pressiona Israel e Palestina a retomar conversas

"A paz não será alcançada através de declarações
e resoluções nas Nações Unidas"
O presidente Barack Obama pressionou Israel e os palestinos na quarta-feira para relançarem as negociações de paz enquanto fazia uma última tentativa para evitar uma crise na ONU sobre o Estado palestino e impedir um desastre diplomático da sua política para o Oriente Médio.

Falando a líderes mundiais na abertura de uma sessão da Assembleia Geral da ONU, Obama - cujas iniciativas pela paz anteriores tiveram poucos resultados - colocou o ônus nos dois lados para romper um impasse de um ano e voltar para a mesa de negociações.

"Não há atalho para o fim de um conflito que se prolonga por décadas. A paz é um trabalho duro. A paz não será alcançada através de declarações e resoluções nas Nações Unidas", disse Obama.

Lutando com problemas econômicos e números baixos nas pesquisas domésticas e dúvidas crescentes sobre sua liderança no exterior, Obama está prosseguindo com sua diplomacia para o Oriente Médio em um momento crítico para sua presidência e para a credibilidade dos Estados Unidos no mundo.

Ele enfrenta o desafio de reafirmar a influência de Washington na região dissuadindo os palestinos de seguirem adiante com sua insistência pelo reconhecimento de Estado no Conselho de Segurança da ONU esta semana, desafiando as objeções israelenses e a ameaça de um veto norte-americano.

Havia um ceticismo sobre as chances de sucesso de Obama - não apenas pelas profundas diferenças ente os dois lados - e ele pode não ser capaz de fazer mais para conter os danos.

O governo de Obama e Israel dizem que apenas negociações de paz diretas podem levar à paz com os palestinos, que por sua vez afirmam que quase duas décadas de negociações infrutíferas não lhes deixaram escolha a não ser apelar para o órgão mundial.

O drama sobre o pedido palestino na ONU está acontecendo enquanto os líderes norte-americano, israelense e palestino lutam com a consequência de levantes árabes que estão criando novas tensões políticas no Oriente Médio.

Também acontece quando Israel se encontra mais isolado do que estava em décadas e confronta Washington com o risco de, ao apoiar novamente seu aliado próximo, inflamar a desconfiança árabe quando o apelo de Obama ao mundo muçulmano parece falhar.

Obama terá reuniões separadas com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à margem da ONU.

Observando as profundas frustrações sobre a falta de progresso no front israelense e palestino, ele disse: "os israelenses devem saber que qualquer acordo fornece garantias para a segurança deles. Os palestinos merecem saber a base territorial de seu estado".

Fonte: Reuters

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