Os Estados Unidos solicitaram oficialmente hoje, quarta-feira, à Autoridade Palestina que abandone seu plano de pedir às Nações Unidas o reconhecimento de um inexistente Estado próprio dentro dos limites que antecedem a 1967, dentro de duas semanas.
A petição foi apresentada pelo representante David Hale ao líder palestino, Mahmoud Abbas, numa reunião em Ramallah, da qual também participaram o representante Denis Ross e o cônsul geral em Jerusalém, Daniel Rubinstein, segundo informações de funcionários locais.
No entanto, os visitantes não apresentaram novas propostas para renovar o processo de paz, afirmaram as fontes.
O chefe negociador da OLP, Saeb Erekat, relatou que Hale disse a Abbas que Washington quer ver os palestinos voltando para a mesa de negociações com Israel e que os membros do Quarteto - Estados Unidos, União Europeia, ONU e Rússia - estão preparando uma nova iniciativa que prevê a criação de um Estado palestino "baseado nas fronteiras de 1967".
Segundo o enviado norte-americano, recorrer à ONU complicaria as coisas e não contribuiria para a solução de dois Estados para dois povos, prosseguiu.
O funcionário palestino esclareceu que, no entanto, Hale não transmitiu qualquer tipo de "ameaça direta" e que Abbas pediu a ele que o governo norte-americano reconsiderasse sua posição.
"De modo contrário ao que se diz, não estamos pedindo a independência ou o reconhecimento de um Estado palestino", já que o mesmo "foi declarado há mais de 20 anos, mas que seja admitido como membro da ONU", explicou Erekat.
"Alguns de nossos amigos europeus e árabes nos aconselharam a não ir ao Conselho de Segurança porque não temos uma maioria favorável ao plano e pela ameaça dos Estados Unidos de utilizar o veto", declarou outro funcionário palestino ao jornal israelense The Jerusalem Post.
Fonte: Iton Gadol / AJN
Tradução: Jônatha Bittencourt
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