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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Palestinos: divisões vão do Hamas ao próprio Fatah

Além do Hamas, o próprio primeiro-ministro palestino, Salam
Fayyad, mostra certa reserva quanto ao pedido na ONU.
Apesar do apoio internacional ao pedido do presidente Mahmoud Abbas de adesão plena da Palestina às Nações Unidas, nem tudo é consenso entre os próprios palestinos. A liderança do grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza há quatro anos, é a voz mais aguda na oposição.

O Hamas, que não aceita a existência de Israel, deixou claro ser contra a decisão porque significaria "sacrificar" o direito de retorno dos refugiados palestinos ao que hoje é o Estado judeu. Assim como o Hamas, todas as outras 13 facções radicais de Gaza rejeitam soluções que resultem num Estado apenas na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém Oriental.

"Nenhum líder tem o direito de infringir os direitos nacionais dos palestinos ou fazer concessões históricas em relação às terras palestinas. Nós reiteramos nossa rejeição ao apelo", disse o primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, prometendo, no entanto, não atrapalhar as intenções de Abbas e seu Fatah.

A postura contrasta com os preparativos na Cisjordânia, onde estão programados eventos em 11 praças das principais cidades, além de marchas por toda a região. Outro que mostra certa reserva quanto ao apelo de Abbas ao Conselho de Segurança da ONU é o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad.

Renomado economista, Fayyad teme que a medida unilateral dificulte o crescimento econômico caso, em contrapartida, Israel, Estados Unidos e União Europeia adotem sanções contra Ramallah. Ele prefere que a liderança palestina opte apenas por uma elevação de status junto à Assembleia Geral - um passo adiante, mas sem dificultar o influxo de verbas para o Estado em construção.

"Encaramos estes dias como uma semana que produza um resultado que possa ser usado para reafirmar nossa causa e nos aproximar de nossa liberdade", disse Fayyad, numa declaração um tanto vaga.

Fonte: Agência O Globo

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