Além do Hamas, o próprio primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, mostra certa reserva quanto ao pedido na ONU. |
O Hamas, que não aceita a existência de Israel, deixou claro ser contra a decisão porque significaria "sacrificar" o direito de retorno dos refugiados palestinos ao que hoje é o Estado judeu. Assim como o Hamas, todas as outras 13 facções radicais de Gaza rejeitam soluções que resultem num Estado apenas na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém Oriental.
"Nenhum líder tem o direito de infringir os direitos nacionais dos palestinos ou fazer concessões históricas em relação às terras palestinas. Nós reiteramos nossa rejeição ao apelo", disse o primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, prometendo, no entanto, não atrapalhar as intenções de Abbas e seu Fatah.
A postura contrasta com os preparativos na Cisjordânia, onde estão programados eventos em 11 praças das principais cidades, além de marchas por toda a região. Outro que mostra certa reserva quanto ao apelo de Abbas ao Conselho de Segurança da ONU é o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad.
Renomado economista, Fayyad teme que a medida unilateral dificulte o crescimento econômico caso, em contrapartida, Israel, Estados Unidos e União Europeia adotem sanções contra Ramallah. Ele prefere que a liderança palestina opte apenas por uma elevação de status junto à Assembleia Geral - um passo adiante, mas sem dificultar o influxo de verbas para o Estado em construção.
"Encaramos estes dias como uma semana que produza um resultado que possa ser usado para reafirmar nossa causa e nos aproximar de nossa liberdade", disse Fayyad, numa declaração um tanto vaga.
Fonte: Agência O Globo
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