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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De volta à rotina após o desastre na ONU, semana passada

"... continuam sua condenação automática de Israel."
O tsunami político que foi predito após a aposta para a adesão palestina semana passada como membro da ONU não se manifestou. O processo está, entretanto, longe de seu término e muita disputa política está ocorrendo entre os membros do Conselho de Segurança da ONU a respeito de como lidar com o pedido da Autoridade Palestina. Os EUA estão tentando impedir que se estabeleça uma maioria a favor do pedido entre os quinze membros do Conselho a fim de evitar o uso de um veto e assim prejudicar ainda mais qualquer crédito que reste no mundo árabe. As negociações podem continuar por semanas, senão meses. No entanto, para a votação na Assembleia Geral da ONU, que só carrega um certo significado moral, o pedido da AP receberá o voto da maioria dado o apoio do bloco muçulmano.

A poeira mal baixou desde os eventos na ONU, onde o presidente Barack Obama também deu um discurso surpreendentemente amigável a Israel. Mas, então, na terça as coisas voltaram ao normal com a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, batendo em Israel por aprovar a construção de 1100 apartamento na comunidade judaica de Giló. Clinton descreveu esse movimento como contraprodutivo para os esforços em curso de se retomar as negociações, minando a confiança das partes. Vários políticos europeus se juntaram à condenação chamando essa construção de “provocativa”.

Comentário:
Após a atitude de rejeição de Abbas e a recusa de voltar à mesa de negociações, esperar-se-ia que os EUA e Europa forçassem o duro contra o duro. Em vez disso, a primeira coisa que acontece é que ambos continuam sua condenação automática de Israel. É verdade que a comunidade internacional, por razões não totalmente coerentes, por décadas tratou áreas dentro do município de Jerusalém, mas localizadas do outro lado da Linha Verde, como ilegais. Mas há, antes de tudo, muito boas razões para não fazê-lo, e em segundo lugar, muito boas razões para não concentrar-se nisto neste ponto do tempo.

A área em Giló, onde a construção deveria começar foi total ou parcialmente de propriedade de judeus antes da ocupação da Jordânia, em 1948. Judeus a compraram no início do século 20, como fizeram com outras áreas situadas além do que mais tarde se tornou a Linha Verde. Com base nisso, e o fato de que Israel conquistou esta área em uma guerra de defesa contra uma potência ocupante, a Jordânia, há boas razões para considerar o bairro como legal.

No mínimo, há razões mais do que suficientes para deixar esse assunto quieto até as negociações das condições finais. A insistência dos EUA em se concentrar em acontecimentos judaicos que, a princípio, todos os israelenses consideram parte integrante de seu capital e jamais pretendem entregar, não importa que acordo de paz seja alcançado, está minando a confiança dos EUA em Israel. Mas o mais importante: tal comportamento está crescendo nas mãos de Abbas e fortalecendo sua posição de rejeição. Para não esquecer, foi a demanda de Obama para um congelamento na construção de assentamentos que deu a Abbas pretexto para evitar negociações em primeiro lugar. Por que fornecer mais munição de graça para Abbas?

Fonte: Word of Life Israel

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