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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Será que o Partido Trabalhista está acordando e afastando o Kadima?

"Seu estilo é firme e para frente, e ela dá a impressão
de ser uma política honesta e sincera, não uma oportunista."
Na semana passada, o Partido do Trabalho de Israel, que possui uma rica e tradicional história de quando governava a nação, escolheu seu novo líder. O Partido atravessou épocas turbulentas em anos anteriores e caiu de vinte para oito cadeiras no Parlamento, atualmente. Apesar de nenhum parlamentar membro do Partido tê-la apoiado, Shelly Yachimovitz derrotou o ex-líder do Partido, Amir Peretz. Yachimovich recebeu 54% dos votos e assume um partido político que passa por conflitos internos e até mesmo divisões. Não faz muito tempo que o ex-líder Ehud Barak saiu e levou consigo cinco membros para formar seu novo partido chamado Atzmaut (Independência).

Logo em seguida da eleição de Yachimovich, o líder do Kadima, Tzipi Livni, parabenizou-a dizendo: “Eu vejo o Partido do Trabalho como nosso (do Partido Kadima) parceiro natural para um caminho sionista, que nos levará a um futuro de paz e a uma sociedade justa.” Até então, os outros membros do Partido do Trabalho expressaram seu apoio para a sua primeira líder mulher desde a lendária Golda Meir, mas há rumores que divisões já aconteceram nos bastidores.

Comentário:
Shelly Yachimovich, uma ex-jornalista que ingressou no Parlamento (Knesset) em 2006, representa um renovo no Partido. Seu estilo é firme e para frente, e ela dá a impressão de ser uma política honesta e sincera, não uma oportunista. Sob a sua liderança, o Partido pode recuperar um pouco da sua antiga força. Se for assim, o Partido do Trabalho aparentemente vai tirar votos do Partido Kadima, e talvez Tzipi Livni veja a sua “parceira natural” levar o seu próprio partido (Kadima) à desintegração.

Será difícil encontrar um lugar para o Kadima no mapa político se o Partido do Trabalho voltar a ser o mesmo de antes. O Kadima foi criado para atender a orientação política de apenas um homem, Ariel Sharon, e depois da sua saída, o partido não formou a sua própria identidade, mas parece que a sua missão é se opor ao Partido Likud. É basicamente um partido “não-Likud”, com vários oportunistas na sua liderança, mas sem nenhuma orientação política. Os membros “direitistas” do Kadima poderiam votar em Likud, e os seus “esquerdistas” poderiam votar no Partido do Trabalho.

Considerando que politicos não são formados apenas por orientação política, mas também por personalidade carismática, isso poderia mudar se o Kadima achasse um líder mais carismático. Contudo, com Livni no comando, isso parece que não vai mudar. Além disso, o Partido do Trabalho conta com a simpatia de grande parcela da população por causa da sua história. Além disso, com as manifestações sociais acontecendo, o Partido do Trabalho tem mais a ganhar e o Likud, simplesmente porque é o partido que está no poder, tem mais a perder.

Fonte: Word of Life Israel

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