Irredutível diante das pressões internacionais, Bachar Al-Assad parecia ignorar todos… Mesmo assim anunciou um programa de reformas. Também afirmou que o regime está sendo vítima de uma estratégia de terroristas - de quem teriam sido apreendidas as armas mostradas pela televisão estatal.
Mas o discurso de Al-Assad pode mudar rapidamente.
No domingo, a Arábia Saudita chamou o embaixador em Damasco.
O Kuwait e o Bahrein fizeram o mesmo no dia seguinte. O Qatar já tinha tomado a medida em meados de julho.
Nestes últimos dias o Egito e a Jordânia criticaram abertamente o regime sírio. No Cairo, o governo destacou que a Síria chegou a uma “rua sem saída”.
A televisão Al-Arabya divulgou o comunicado escrito pelo Rei Abdallah que exige que al-Assad pare “a máquina mortífera”. Um sinal mais do que forte que rompe a tradicional discrição da diplomacia saudita.
Só a Liga Árabe manteve uma posição mais moderada, mas pediu a Al-Assad, neste último final de semana, que colocasse um fim, imediatamente, em todos os atos de violência e às campanhas de segurança contra os civis”.
O secretário-geral da organização, Nabil El-Araby, recusou adotar medidas drásticas.
“Se pedirem ação à Liga Árabe, não vai haver ação da Liga Árabe. Se quiserem mais depoimentos para tentar encontrar uma saída para o problema – e não falo apenas da Síria, falo de qualquer problema, incluindo a Líbia ou qualquer outro país do mundo árabe - não esperem medidas drásticas. Contem apenas com o exercício, passo a passo, da persuasão que tente convencer”.
Alguns analistas defendem que é inevitável a queda do regime de Damasco. Bashar Al-Assad está mais isolado do que nunca e a adoção das novas reformas já não convencem o ocidente nem o mundo árabe.
Apesar de mais de 2000 civis terem sido mortos, desde 15 de março, os sírios continuam determinados a derrubar o regime.
Fonte: Euronews
0 comentário(s):
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário.