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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Netanyahu disposto a reunir-se com Abbas em Ramallah

"Estou disposto a convidá-lo à minha casa
em Jerusalém, e estou disposto a ir a Ramallah"
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou que estava disposto a viajar a Ramallah para uma reunião o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a fim de avançar nas negociações pela paz no Oriente Médio.

Netanyahu afirmou isso ao se reunir com 27 congressistas republicanos que fazem parte de um grupo de 81 legisladores que visitarão Israel neste mês, em três viagens organizadas pela Fundação para a Educação Estado-Unidense-Israelense.

Os congressistas perguntaram a Netanyahu se tinha uma mensagem para Abbas, com quem eles têm reunião prevista nesta mesma semana. Neste sentido, o líder israelense disse aos legisladores que perguntem a Abbas por que este condiciona a negociação com Israel à paralisação da construção nas colônias judias de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia.

"Perguntem a ele por que não vem e negocia com Israel", disse Netanyahu. "Estou disposto a iniciar imediatamente as negociações diretas com ele sem condições prévias. Estou disposto a convidá-lo à minha casa em Jerusalém, e estou disposto a ir a Ramallah", assegurou.

A outra questão de Netanyahu para Abbas é por que este se nega a reconhecer Israel como Estado judeu.

"Pergunte a Abu Mazan (Abbas) por que ele se nega a reconhecer a legitimidade do Estado judeu. Estamos dispostos a reconhecer um Estado palestino, mas ele (Abbas) deve ser capaz de reconhecer a existência de um Estado judeu", disse o primeiro-ministro, segundo a fonte.

De acordo com os registros do The Jerusalem Post, Netanyahu também falou com os legisladores sobre a importância de um veto dos Estados Unidos da oferta que prevê apresentar a Autoridade Palestina como um membro reconhecido das Nações Unidas na inauguração da próxima Assembleia Geral, que será realizada em setembro.

Estados Unidos é um dos cinco países dos 15 membros do grupo que podem vetar a oferta de um Estado palestino.

Washington já se manifestou contra a iniciativa palestina por considerá-la unilateral e por estar apartada dos acordos de negociação assinados entre Israel e os palestinos.

Netanyahu advertiu os legisladores estado-unidenses que uma votação na ONU a favor de um Estado palestino endureceria a posição palestina no decorrer dos anos e tornaria extremamente difícil negociar um acordo de paz.

Mesmo assim, confirmou diante dos congressistas que Israel não tem intenção de ceder ao pedido dos palestinos de um retorno às linhas anteriores a 1967.

Aliás, o primeiro-ministro alertou sobre o perigo da unificação do Fatah e do governo palestino do Hamas.

Em outro aspecto, Netanyahu confirmou que a atividade terrorista apoiada pelo Irã e pela Al Qaeda aumentaram no Sinai nos últimos meses. A ameaça de um Irã nuclear segue colocando em perigo a Israel, o Oriente Médio e o mundo inteiro, destacou.

Netanyahu elogiou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelas sanções aplicadas contra o Irã, mas disse que as medidas econômicas deve estar acompanhadas por uma ameaça militar credível.

Também agradeceu aos membros do Congresso pelo apoio dos Estados Unidos ao sistema de antimísseis, a Cúpula de Ferro, que frustra os mísseis palestinos lançados de Gaza.

Fonte: Iton Gadol
Tradução: Jônatha Bittencourt

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