A imprensa oficial mostrou tanques e soldados abandonando cidades ocupadas entre os aplausos da população. A oposição denunciou uma montagem. Cerca de 68 pessoas morreram nos últimos dias.
A foto que acompanha esta notícia é uma das fotos difundidas por SANA, a agência estatal síria. Nela pode ser visto um grupo de cidadãos que supostamente se despede das tropas que abandonam a cidade de Deir Ezor (leste do país). Segundo informação oficial, os militares tinham abandonado, também, a cidade de Latakia (no oeste, sobre a costa mediterrânea), após completar "sua missão de libertar a cidade de grupos terroristas armados que aterrorizavam cidadãos e assaltavam tanto a propriedade pública como a privada".
Opinião diferente, tanto dos grupos de Direitos Humanos como dos meios de comunicação, como a Al Jazeera, que denunciou que as tropas de Bashar Al-Assad perambulam, na realidade, nos arredores de Deir Ezor. As organizações humanitárias completam o panorama com a denúncia de 32 dissidentes assassinados em Deir Ezor numa ofensiva que começou há sete dias. As últimas vítimas mortais das quais se têm conhecimento morreram durante a noite de ontem (16), após serem baleadas durante a última oração do dia em pleno mês de Ramadã.
Pelo que parece, as tropas do governo não se retiraram de Latakia. Os ataques a esta cidade, onde pela primeira vez o exército utilizou navios de guerra para atacar a população, deixaram nos últimos quatro dias 36 mortos. A investida ao bairro Al Ramel, onde há um campo de refugiados palestinos, obrigou a fuga de aproximadamente 5.000 pessoas.
"Mais de 700 agentes de segurança continuam atacando, desde hoje de manhã, no bairro de Al Raml al Yunubi, onde detiveram vários militantes" opositores, acrescentou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres. "Ecoaram ruídos de disparos até o amanhecer na maioria dos bairros contrários ao regime", acrescentou.
Em outra cidade, esta organização também denunciou "disparos do exército" que "causaram, ao amanhecer desta quarta-feira, a morte de um civil que estava em sua varanda, no povoado de Abdita, próximo de Idleb (noroeste)".
Desde que começaram os protestos, em meados de março, para expulsar do poder a dinastia Al-Assad, que já dura 40 anos no poder, foram mortas aproximadamente 2 mil pessoas em todo o país, 11 foram detidas e umas 3 mil estão desaparecidas.
Fonte: Mundo Árabe
Tradução: Jônatha Bittencourt
Artigo Indicado: Israel x Síria: fatos reais ou ferramentas de propaganda?
A foto que acompanha esta notícia é uma das fotos difundidas por SANA, a agência estatal síria. Nela pode ser visto um grupo de cidadãos que supostamente se despede das tropas que abandonam a cidade de Deir Ezor (leste do país). Segundo informação oficial, os militares tinham abandonado, também, a cidade de Latakia (no oeste, sobre a costa mediterrânea), após completar "sua missão de libertar a cidade de grupos terroristas armados que aterrorizavam cidadãos e assaltavam tanto a propriedade pública como a privada".
Opinião diferente, tanto dos grupos de Direitos Humanos como dos meios de comunicação, como a Al Jazeera, que denunciou que as tropas de Bashar Al-Assad perambulam, na realidade, nos arredores de Deir Ezor. As organizações humanitárias completam o panorama com a denúncia de 32 dissidentes assassinados em Deir Ezor numa ofensiva que começou há sete dias. As últimas vítimas mortais das quais se têm conhecimento morreram durante a noite de ontem (16), após serem baleadas durante a última oração do dia em pleno mês de Ramadã.
Pelo que parece, as tropas do governo não se retiraram de Latakia. Os ataques a esta cidade, onde pela primeira vez o exército utilizou navios de guerra para atacar a população, deixaram nos últimos quatro dias 36 mortos. A investida ao bairro Al Ramel, onde há um campo de refugiados palestinos, obrigou a fuga de aproximadamente 5.000 pessoas.
"Mais de 700 agentes de segurança continuam atacando, desde hoje de manhã, no bairro de Al Raml al Yunubi, onde detiveram vários militantes" opositores, acrescentou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres. "Ecoaram ruídos de disparos até o amanhecer na maioria dos bairros contrários ao regime", acrescentou.
Em outra cidade, esta organização também denunciou "disparos do exército" que "causaram, ao amanhecer desta quarta-feira, a morte de um civil que estava em sua varanda, no povoado de Abdita, próximo de Idleb (noroeste)".
Desde que começaram os protestos, em meados de março, para expulsar do poder a dinastia Al-Assad, que já dura 40 anos no poder, foram mortas aproximadamente 2 mil pessoas em todo o país, 11 foram detidas e umas 3 mil estão desaparecidas.
Fonte: Mundo Árabe
Tradução: Jônatha Bittencourt
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