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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Operação dos Atentados nos Mínimos Detalhes

Oficiais das FDI acreditam que o objetivo do
ataque era sequestrar um soldado.
Oito israelenses foram assassinados e outros 30 ficaram feridos durante o ataque junto à fronteira entre Egito e Israel. O ataque planejado pelo grupo terrorista palestino Comitês de Resistência Popular (CRP) e executado por cerca de 15 a 20 encarregados, segundo as estimativas das Forças de Defesa de Israel (FDI), o que significa que a maioria deles conseguiu escapar.

Os terroristas saíram de Gaza até o Sinai através de túneis e viajaram por, aproximadamente, 200 quilômetros até um ponto da fronteira, protegido somente por um uma cerca de arame, localizado a 15 quilômetros ao norte de Eilat.

Forças israelenses mataram cinco dos terroristas e soldados egípcios informaram ter eliminado mais dois.

Oficiais das FDI acreditam que o objetivo do ataque era sequestrar um soldado. O exército havia respondido previamente aos alertas sobre um possível ataque, reforçando suas tropas na zona.

O ataque começou em plena luz do dia, perto do meio-dia, quando três terroristas armados com metralhadoras, granadas e explosivos entraram em Israel pelo Egito e se posicionaram a uma distância de 200 metros cada um ao longo da rodovia 12 que se dirige a Eilat, um trajeto muito próximo à fronteira.

Às 12h30min os terroristas abriram fogo contra um ônibus de transporte público, linha 392 da empresa Egged, ferindo sete passageiros. Estes sofreram feridas de leves a moderadas. A maioria dos soldados feridos eram soldados.

O motorista impediu uma desgraça maior ao recusar a parada e continuar dirigindo até um posto de controle militar.

Uns minutos mais tarde chegou ao local um ônibus vazio e vários automóveis de civis. Os terroristas abriram fogo novamente e, quando o ônibus parou, um dos terroristas correu até ele e ativou seu cinturão carregado de explosivos, suicidando-se e matando o motorista.

O condutor e cinco passageiros de um veículo privado foram assassinados a tiros. Um dos veículos atropelou um terrorista, eliminando-o no instante. Soldados que viajavam no segundo veículo abriram fogo contra o terceiro motorista. Um soldado, o Primeiro Sargento Moshé Naftali, residente de Ofra, de 22 anos, morreu no enfrentamento.

Outras forças de segurança chegaram ao local e abateram o terceiro terrorista.

Helicópteros de combate se uniram à batalha. Um terrorista disparou um míssil contra um helicóptero, mas errou o alvo.

Dois terroristas foram eliminados no Sinai quando membros da unidade de elite antiterrorista da polícia YAMAM os perseguiram à curta distância no território egípcio. Os agentes da polícia voltaram a Israel imediatamente.

Enquanto os enfrentamentos aconteciam, os terroristas também dispararam projéteis de morteiro contra um grupo de operários que estava reparando a cerca de arame na fronteira, sem provocar feridos.

As FDI tiveram uma comunicação boa e permanente com as forças egípcias durante todo o combate. O exército informou, mais tarde, que outros dois terroristas foram abatidos no Sinai.

Após o combate, uma unidade de sapadores (abrem caminhos subterrâneos, fossos e trincheiras) descobriu vários artefatos de explosivos colocados junto à pista e os desativou.

Mais tarde, próximo às 18h45min, quando os oficiais de Defesa - o ministro Ehud Barak, o Tenente-General do Estado Maior das FDI, Benny Gantz, e o chefe do Comando Sul, Tal Russo - estavam informando os jornalistas, no local, sobre os ataques anteriores; terroristas abriram fogo novamente. Desta vez, atacaram uma força da Yamam que estava patrulhando a fronteira próxima à região do primeiro ataque. Ali, um policial foi assassinado e outro ficou ferido.

O agente que deu baixa pertencia ao grupo de luta antiterrorista da polícia. Trata-se do membro mais experiente da unidade, Pascal Avrahami, 49 anos, pai de três filhos, que imigrou a Israel a partir da França em 1977.

O segundo ataque foi produzido pouco depois que a Força Aérea atacou um grupo de altos chefes do CRP em Rafah, sul de Gaza. No ataque foram mortos Kamel Nirab, o comandante do CRP; Imad Hamed, responsável pela atividade militar em Gaza; Khaled Shaath, um alto membro da organização envolvido em ataques com foguetes a Israel; e Khaled Masri, que esteve envolvido no sequestro do soldado Gilad Shalit em 2006. O serviço secreto Shin Bet suspeita que Hamed foi um dos cérebros do ataque de ontem ao sul do país.

Em resposta ao ataque aéreo, os terroristas palestinos dispararam dois foguetes do tipo Grad contra Ashkelon. Um deles caiu numa área descampada, próxima à cidade, sem provocar ferimentos nem danos materiais. Ou outro, que se dirigia aparentemente à zona urbana densamente povoada, foi derrubado pela bateria de mísseis antiaéreos Cúpula de Ferro, na região há poucos dias, devido a um aumento de ataques desde Gaza.

Fonte: Aurora
Tradução: Jônatha Bittencourt

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