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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Peres e o Rei da Jordânia discutem o impasse das conversações de paz israelo-palestinas

Peres mantém laços cordiais com a família real da Jordânia.
O presidente Shimon Peres visitou o rei da Jordânia, Abdullah II, pouco antes que o rei partisse para uma visita oficial à Alemanha para conversações sobre a pacificação do Oriente Médio. A Jordânia está preocupada com o impasse nas negociações de paz israelo-palestina e tem colocado grande parte da culpa na política de Israel em relação ao congelamento. Na Jordânia vive um grande número de refugiados palestinos e uma questão-chave nas negociações de paz entre Israel e a Palestina é o futuro dos refugiados.

Peres, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz, mantém laços cordiais com a família real da Jordânia. Uma declaração do gabinete do presidente informou que o encontro foi caracterizado por uma atmosfera acolhedora e aberta. Ele e o rei discutiram a proposta do primeiro-ministro Benjamin Netanyhu para a retomada imediata do diálogo direto entre israelenses e palestinos. Peres disse ao rei que a paz só poderia ser alcançada através de negociações diretas e não através de medidas unilaterais na ONU.

O Rei Abdullah, por sua vez, disse a Peres que Israel precisa parar a construção de assentamentos e evitar medidas unilaterais contra os palestinos. Na semana anterior o rei fez uma rara visita à Cisjordânia para demonstrar seu apoio ao presidente palestino Mahmoud Abbas, ao mesmo tempo em que os dois líderes tentam se relacionar com os islamistas que estão agora em ascensão na região. O líder do gabinete político do Hamas, Khaled Mashaal, também tem programada uma visita oficial à Jordânia, a sua primeira desde que o grupo foi expulso do país em 1999.

O Rei Abdullah e Mahmoud Abbas têm se reunido com frequência na Jordânia, que o líder palestino considera como a sua segunda casa. A visita do rei na semana passada à Cisjordânia é a sua terceira nos seus 12 anos como monarca, e a primeira depois de mais de uma década. É considerada principalmente como o reconhecimento de Abbas como o único líder legítimo palestino e uma tentativa de evitar qualquer consequência negativa que possa ocorrer por causa da iminente viagem de Mashaal à Jordânia. Uma constelação de rápidas mudanças regionais obrigou Abbas e o rei de se aproximarem de ex-inimigos islâmicos. Perguntado sobre a próxima visita de Mashaal, o ministro jordaniano das Relações Exteriores Nasser Judeh insistiu que a Jordânia estava mantendo abertos os canais de comunicação "com todos".

Abbas depois elogiou a visita do rei como uma "iniciativa generosa" através de comentários transmitidos pela agência de notícias palestina WAFA. Sobre a questão da aproximação Jordânia-Hamas, Abbas disse que estava em coordenação com o rei e apoiaria qualquer coisa que ele decidisse fazer em benefício do seu país. Abbas e o rei Abdullah têm sido os mais firmes entre os defensores de um acordo de paz com Israel. Desde a expulsão do Hamas 1999 da Jordânia, Mashaal foi autorizado a entrar no país por duas vezes e por razões humanitárias - em agosto de 2009 para assistir ao funeral do seu pai e novamente, no mês passado, para visitar a sua mãe doente. O recém-nomeado primeiro-ministro jordaniano Awn al-Khasawneh disse recentemente que a expulsão de Mashaal, que tem passaporte jordaniano, tinha sido um erro "legal e constitucional" que deveria ser corrigido.

Fonte: Rua Judaica

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