Se a Irmandade Muçulmana e os fundamentalistas salafistasse unirem no Parlamento, a situação será muito difícil e perigosa para Israel. |
"São muito bons resultados que demonstram que as tentativas de isolar e marginalizar os movimentos islamitas fracassaram. A vitória no Egito significa um apoio mais importante à causa palestina e é o autêntico retorno à essência árabe e ao Islã", declarou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, diante do êxito previsto e anunciado do braço político da Irmandade Muçulmana. Por muitos motivos (históricos, ideológicos, sociais e econômicos), os egípcios são considerados os "irmãos maiores" do movimento palestino que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007.
O Hamas exige agora que "a União Europeia e os Estados Unidos aprendam a lição do ocorrido nos comícios da Palestina e respeitem os resultados democráticos do Egito que refletem a vontade do seu povo".
"Inverno Islamita"
Para o Hamas, é a luz no fim do túnel. Para Israel, é a entrada num obscuro e ameaçador túnel com saída incerta. Os israelenses se encontram imersos no que chamam "inverno islamita" regional. O ministro da Defesa, Ehud Barak, declarou que "Egito e Israel estão conscientes da importância dos acordos de paz", mas confessando que "os resultados eleitorais são muito inquietantes".
"Nos encontramos diante de profundas mudanças regionais sem saber ainda como acabarão. Talvez, desde a perspectiva histórica e a longo prazo sejam positivos, mas no prazo imediato são problemáticos", disse Barak ao canal 2 da TV israelense.
Sobre o futuro Executivo do Cairo, uma fonte do governo de Benjamin Netanyahu acrescenta com um tom mais dramático: "Se a Irmandade Muçulmana e os fundamentalistas salafistas, que obtiveram 20%, se unirem no Parlamento, a situação será muito difícil e perigosa para Israel. O Egito se converteria num Estado teocrático com atuação contra nós. Nesse caso, o acordo de paz e as relações bilaterais poderiam estar em perigo".
Não se precipitar
Na reunião semanal do governo israelense, alguns ministros optaram hoje pela "máxima cautela", como o do Meio Ambiente, Gilad Erdan: "Não devemos nos precipitar em nossos juízos de valor. Israel deve colaborar e preservar, na medida do possível, o acordo de paz com qualquer governo que for eleito no Egito". "Estamos preocupados e esperamos que o Egito consinta em não se transformar num fanático Estado islâmico", afirma o ministro da Economia, Yuval Steinitz.
O que foi embaixador há alguns dias de Israel em Cairo, Yitzhak Lebanon, recomenda "acompanhar o que está acontecendo no Egito com muita atenção mas sem se lançar a falar por falar. Qualquer coisa dita agora pode nos prejudicar no futuro, porque deve ser dado tempo aos egípcios nesses momentos".
Questionado pelo diário Yediot Ajaronot sobre se Israel sairia perdendo com o novo Egito da era islamita e pós-Mubarak, Lebanon é sincero: "Não perdemos nada no Egito porque para perder temos que ter algo e nós não temos muito ali. Tínhamos contato com os dirigentes? Ainda o temos. Não havia quase nenhum contato com a rua e os meios de comunicação egípcios? Pois continuamos quase a mesma coisa.
"Nos encontramos diante de profundas mudanças regionais sem saber ainda como acabarão. Talvez, desde a perspectiva histórica e a longo prazo sejam positivos, mas no prazo imediato são problemáticos", disse Barak ao canal 2 da TV israelense.
Sobre o futuro Executivo do Cairo, uma fonte do governo de Benjamin Netanyahu acrescenta com um tom mais dramático: "Se a Irmandade Muçulmana e os fundamentalistas salafistas, que obtiveram 20%, se unirem no Parlamento, a situação será muito difícil e perigosa para Israel. O Egito se converteria num Estado teocrático com atuação contra nós. Nesse caso, o acordo de paz e as relações bilaterais poderiam estar em perigo".
Não se precipitar
Na reunião semanal do governo israelense, alguns ministros optaram hoje pela "máxima cautela", como o do Meio Ambiente, Gilad Erdan: "Não devemos nos precipitar em nossos juízos de valor. Israel deve colaborar e preservar, na medida do possível, o acordo de paz com qualquer governo que for eleito no Egito". "Estamos preocupados e esperamos que o Egito consinta em não se transformar num fanático Estado islâmico", afirma o ministro da Economia, Yuval Steinitz.
O que foi embaixador há alguns dias de Israel em Cairo, Yitzhak Lebanon, recomenda "acompanhar o que está acontecendo no Egito com muita atenção mas sem se lançar a falar por falar. Qualquer coisa dita agora pode nos prejudicar no futuro, porque deve ser dado tempo aos egípcios nesses momentos".
Questionado pelo diário Yediot Ajaronot sobre se Israel sairia perdendo com o novo Egito da era islamita e pós-Mubarak, Lebanon é sincero: "Não perdemos nada no Egito porque para perder temos que ter algo e nós não temos muito ali. Tínhamos contato com os dirigentes? Ainda o temos. Não havia quase nenhum contato com a rua e os meios de comunicação egípcios? Pois continuamos quase a mesma coisa.
Por Sal Emergui / El Mundo
Tradução: Jônatha Bittencourt
Tradução: Jônatha Bittencourt
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