O encontro entre as duas lideranças, previsto há dois meses, ainda não saiu do papel. |
Israel negou a proposta.
A nova iniciativa chegou como consequência da intensa pressão exercida pelos membros do Quarteto de Paz para o Oriente Médio - Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU - sobre o presidente da Autoridade Palestina, Abu Mazen (Mahmoud Abbas), para reativar as conversações antes do dia 26 de janeiro. Nessa data se cumprem os três meses impostos pelo Quarteto a Israel e aos palestinos para que voltassem às negociações e apresentassem propostas essenciais sobre as questões de fronteiras e de acordos de segurança. Faltando um mês para a data se cumprir, as partes ainda não se reuniram para um encontro de planejamento, previsto há dois meses. No encontro, o assessor do primeiro-ministro de Israel, Itzhak Molcho, e o chefe da equipe de negociação palestina, Saeb Erekat, devem definir a agenda de negociação e os princípios para o seu desenvolvimento.
Israel teme o procedimento para a libertação de prisioneiros já que os palestinos não estão interessados em definir o processo de "retomada das negociações", mas só da "retomada das conversações" - destinada a definir as linhas básicas de negociação que talvez seja renovada no futuro. O Quarteto anunciou um plano para a continuação da negociação no dia 23 de setembro, imediatamente após os discursos de Netanyahu e Abbas diante da Assembleia Geral da ONU. Os enviados do Quarteto devem chegar na região e se reunir com as duas partes separadamente e, logo após, deve ser realizado um encontro de preparação, declarando a retomada das negociações na questão das fronteiras e dos acordos de segurança.
Foi determinado que o processo continuaria por três meses.
Por sua vez, o primeiro-ministro Netanyahu se nega a apresentar seu posicionamento por escrito ao Quarteto e sustenta que aceitará apresentar de maneira direta sua postura aos palestinos. O assessor de Netanyahu, Molcho, disse em conversas com os representantes do Quarteto que Israel apresentará uma proposta sobre a questão de fronteiras e acordos de segurança só depois dos três meses de encontros intensivos com os palestinos. Erekat disse, em resposta, que os palestinos não proporam retomar os contatos em troca da libertação de prisioneiros. "Não estabelecemos condições para a retomada das negociações. A interrupção dos assentamentos, o desenvolvimento das conversações baseado nos limites de 1967 e a libertação de prisioneiros não são condições antecipadas, mas compromissos israelenses que, sem eles, a negociação não tem o menor sentido".
Fonte: CIDIPAL
Tradução: Jônatha Bittencourt
Tradução: Jônatha Bittencourt
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