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sábado, 31 de dezembro de 2011

Os planos da OLP incluem uma "separação" de Israel

"Não há lugar para Israel na Palestina..."
Apesar dos Acordos bilaterais de Oslo assinados em 1993, os funcionários da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) confirmaram que planejam se ''desvincular" completamente de Israel. Também ameaçaram encerrar as relações econômicas e de segurança.

Funcionários da OLP disseram na última sexta-feira (30) que a sua decisão de voltar à "resistência popular" objetiva se "desvincular" de Israel. O membro do Comitê Executivo da OLP, Tayseer Khalid, disse que o novo sistema unificado entre o Fatah e o Hamas tem uma estratégia baseada na "resistência popular", a qual se estenderá nos territórios disputados da Autoridade Palestina (AP) na Judeia e Samaria (Cisjordânia).


"A resistência popular vem a reformar as relações palestinas com Israel... para chegar à desconexão total", disse Khalid. "Nunca aceitaremos ser um agente da ocupação israelense", acrescentou.

As declarações de Khalid levaram os especialistas a sugerir que o Fatah decidiu tornar os territórios em disputa da AP na Cisjordânia numa segunda Gaza.

Semana passada, os funcionários da OLP adotaram oficialmente uma estratégia baseada nos "contínuos esforços junto à comunidade internacional para garantir o pleno reconhecimento e a plena adesão das Nações Unidas, buscando a reconciliação interna, e manter a resistência popular". Também ameaçaram encerrar as relações econômicas e de segurança com Israel.

Funcionários israelenses declararam que a posição unilateral adotada por colegas em Ramallah são uma violação direta dos Acordos bilaterais de Oslo realizados em 1993. Além disso, advertiram que as medidas unilaterais por parte dos funcionários da AP em questões relacionadas ao estatuto final serão traduzidas em ações unilaterais por parte de Israel.

Ainda não está claro que os funcionários da AP acreditam que a solução seja cortar todos os laços com Israel e voltar a um caminho unilateral de "tudo ou nada".

Inclusive alguns dirigentes de segurança da AP expressaram sua preocupação no início de 2010 pela confrontação direta com Israel e as suas possíveis consequências desastrosas, enquanto que os principais assessores econômicos de Ramallah tenham advertido sobre suspender a participação de Israel na economia palestina e acrescentado que essa medida poderia levar à dissolução fiscal.

Os observadores regionais fazem suas análises baseados no artigo 9 da carta magna da OLP, que afirma: "A luta armada é única maneira de libertar a Palestina. Essa é a estratégia global, não é meramente uma fase tática". Além disso, sustenta que a Palestina é definida pelo mandato britânico, que é "indivisível" e que não há lugar para que Israel exista.

Fonte: AJN
Tradução: Jônatha Bittencourt

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