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domingo, 29 de abril de 2012

Pró-Palestinos ou Anti-Israel?

Os ativistas tem esquecido que em Gaza existem execuções,
prisões arbitrárias, mulheres agredidas e tortura na prisão.
Grupos e pessoas pró-palestinos nos Estados Unidos e na Europa estão fazendo injustiça ao utilizar todas as suas energias apenas em ir contra Israel. Existe um sentimento na Faixa de Gaza e na Cisjordânia em que a maioria desses movimentos e pessoas está mais interessada em promover uma campanha contra Israel do que ajudar os palestinos.

Ser pró-palestino não significa necessariamente que também deve ser anti-Israel.

O movimento pró-palestino no Ocidente deve levantar sua voz contra as violações de direitos humanos e da liberdade de imprensa que tem ocorrido sob o comando da Autoridade Palestina e do Hamas. Nas últimas semanas, seis jornalistas, blogueiros e cartunistas palestinos foram presos pelas forças de segurança do governo palestino na Cisjordânia.

Os ativistas pró-palestinos ao redor do mundo escolheram fechar os olhos para a repressão em andamento da liberdade de expressão na região. Eles também falharam ao deixar de condenar a decisão da Autoridade Palestina de bloquear sites que contêm críticas aos líderes palestinos na Cisjordânia.

Os ativistas pró-palestinos no Ocidente também se recusaram a verificar o que está acontecendo na Faixa de Gaza, sob administração do Hamas. Eles aparentemente não se importam, ou fazem de conta que não veem, que existem execuções, prisões arbitrárias, assaltos contra mulheres e tortura nas prisões do Hamas.

Os ativistas e as organizações pró-palestinas também não têm se importado se a Autoridade Palestina e o Hamas têm feito uma "lavagem cerebral" nas crianças palestinas e enchido suas mentes e corações com ódio.

Aqueles que se preocupam com os palestinos deveriam vir para a Faixa de Gaza e trabalhar pela promoção dos direitos humanos - sob vigia do Hamas - de crianças, mulheres e jornalistas.

Seria de uma ajuda imensa se centenas de ativistas pró-palestinos viessem para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza com o objetivo de ensinar inglês para as crianças palestinas e explicá-las sobre os benefícios da democracia e dos valores ocidentais, como a justiça igualitária baseada na lei, a liberdade de expressão e de imprensa, e a transparência e responsabilidade financeira.

Seria de uma ajuda imensa se esses ativistas viessem para a Cisjordânia e a Faixa de Gaza para oferecer conselhos e ajudar na construção de instituições governamentais competentes, e combater a corrupção financeira e administrativa.

Mas como pouquíssimos ativistas pró-palestinos no Ocidente estão realmente compenetrados na causa, os interesses dos palestinos não são mais importantes do que odiar Israel. As mensagens e campanhas anti-Israel só ajudam os radicais nessa região, que nem sequer almejam a paz e a coexistência.

Chegou a hora de um movimento genuinamente pró-palestino, que foca menos em Israel e mais na ajuda os pró-palestinos, se levantar no Ocidente.

Por Khaled Abu Toameh / Gatestone Institute
Tradução livre: Jônatha Bittencourt

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