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domingo, 13 de maio de 2012

Oposição iraniana declara: "O Irã está desenvolvendo a bomba atômica"

Segundo o MEK, a República Islâmica tem se engajado na
pesquisa e nos testes de ogivas e detonadores.
Um relatório publicado pelo grupo de oposição iraniana Mujahedin-e Khalq (MEK) destaca que Teerã está acelerando seu programa nuclear. O documento, com seus organogramas, descrevem as agências envolvidas no programa iraniano e identifica 60 cientistas realizando investigações vinculadas ao desenvolvimento da bomba atômica em 11 instituições e companhias, que operam clandestinamente sob o controle do Ministério da Defesa.

Segundo o informe, a secreta Organização de Investigação para a Nova Defesa (conhecida em persa pela sua abreviatura SPND) está realizando pesquisa e testes de ogivas e detonadores, entre outros.

A SPND tem seu quartel-general em Mojdeh, uma instalação militar situada próxima de Teerã, e está sendo dirigida por Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi. Mohsen tem sido identificado pelas agências de inteligência ocidentais como o principal responsável pelo programa nuclear militar, e sobre ele pesam as sanções da ONU.

O relatório do MEK também identifica uma instalação denominada Centro de Explosivos, Pesquisa e Tecnologia de Detonações - conhecido na língua persa como METFAZ -, cuja sede está localizada num edifício de cinco andares no bairro Pars, de Teerã.


Suas investigações são responsáveis pelo desenvolvimento de explosivos de grande potência para detonadores nucleares e testes realizados na base militar de Parchin. METFAZ é uma instalação da qual, há muito tempo, suspeita-se do seu vínculo às atividades nucleares. O Irã tem negado o acesso dos inspetores da ONU à METFAZ.

De acordo com o relatório, a SPND é composta por sete subdivisões: uma divisão que trabalha com o componente principal da bomba, incluindo o urânio enriquecido; um departamento que desenha e modela a matéria necessária para construir a bomba; uma divisão encarregada de produzir os metais necessários para uma ogiva nuclear; um departamento que produz materiais altamente explosivos utilizados para provocar uma detonação nuclear; uma agência que investiga os materiais químicos avançados; uma divisão encarregada pelos cálculos eletrônicos para fabricar a bomba nuclear; e uma divisão responsável pelas atividades com laser necessárias para uma arma atômica.

Segundo alguns especialistas, as informações do grupo de oposição Mujahedin-e Khalq contradizem a avaliação de que o Irã ainda não tomou a decisão de fabricar a bomba atômica, e alguns ainda se mantêm céticos sobre a confiabilidade da informação proporcionada pelos exilados iranianos, movimento adicionado pelos Estados Unidos à lista de terroristas estrangeiros em 1997.

Fonte: Aurora / Global Security
Tradução livre: Jônatha Bittencourt

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