Antigo Regime vs. Irmandade Muçulmana |
O candidato da Irmandade Muçulmana para a presidência do Egito, Mohamed Mursi (25% dos votos), disputará o segundo turno das eleições diante do último primeiro-ministro de Hosni Mubarak e ex-chefe da Força Aérea egípcia, Ahmed Shafiq (23%), segundo informou o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Murad Ali.
Os egípcios deverão decidir por um candidato islamita ou pelo estreitamento com o antigo regime.
Faltando pouco para o encerramento da apuração dos votos e de se confirmar essa tendência, Shafiq teria deixado fora da disputa dois candidatos que se apresentavam como favoritos, o islamita moderado Abdel Moneim Aboul Fotouh e o ex-secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa.
Pela primeira vez na história, os egípcios foram às urnas em liberdade para escolher seu presidente após a queda de Hosni Mubarak na revolução de 25 de janeiro.
Também já está claro que as eleições terão um segundo turno. Espera-se que o anúncio oficial seja realizado ainda neste sábado, enquanto a própria votação é determinada para os dias 16 e 17 de junho. Apesar de não serem conhecidos os resultados oficiais, já surgem numerosas especulações quanto às candidaturas que competirão.
O candidato islamita Abdel Moneim Aboul Fotouh anunciou seu apoio a Mursi na reta final dos comícios. Fotouh disse que ele e seus seguidores apoiarão o candidato da Irmandade Muçulmana, superando todas as diferenças políticas com o objetivo de permanecerem unidos diante dos representantes da corrupção e da opressão, fazendo referência a Shafiq.
As disputas presidenciais egípcias foram realizadas nos dias 23 e 24 de maio. No decorrer da votação, foram denunciadas irregularidades, a maioria por não respeitarem a proibição de fazer proselitismo. Também se falava de bilhetes falsos, de enfrentamentos violentos nas portas dos colégios que resultou, inclusive, na morte de um policial.
Fonte: Israel en Línea
Tradução livre: Jônatha Bittencourt
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