Hoje, dia 05 de maio, o Projeto Cessar-Fogo celebra seu primeiro aniversário. Nesse período, pudemos contar com mais de 27 mil acessos, postamos mais de 500 notícias, artigos e muita informação, e estabelecemos grandes parcerias, amizades essenciais para quem trilha essa jornada árdua pela paz no Oriente Médio.
Foram postagens que, dentre vários assuntos, abordaram:
1) O conflito árabe-israelense, tocando em pontos como: a legitimidade do Estado judeu; as tentativas de concretização de um Estado palestino na ONU; a disputa por Jerusalém; os assentamentos israelenses na Cisjordânia; os movimentos de defesa da causa palestina - Fatah, Hamas e OLP; e outros mais;
2) A intempérie dos direitos humanos na região: a perseguição religiosa; a censura à mídia e a negação da liberdade de expressão; as condenações à morte no Irã e na Faixa de Gaza (sob controle do grupo terrorista Hamas);
3) A atuação norte-americana no Afeganistão, no Iraque, em relação ao Irã, e em outros conflitos do Oriente Médio;
4) Os problemas existentes em países cuja autoridade é ditatorial, como na Síria (Bashar al-Assad), e a transição política naqueles que tiveram seus líderes destituídos, como no Egito (Mubarak) e na Líbia (Kadafi);
5) A atuação de milícias extremistas nos conflitos existentes: Hamas (Faixa de Gaza), Jihad Islâmica, Hezbollah (Líbano), Talibãs (Afeganistão); e outros mais.
Definição
Em meio a inúmeras definições atribuídas à expressão cessar-fogo, gostaria de ressaltar o verdadeiro sentido utilizado pelo projeto.
Desde o início das postagens, a promoção da paz foi nosso objetivo principal. Isso não nos isentou do compromisso de apresentar oposição quando necessário. A busca pela paz não significa uma inexistência de adversários, conflitos ou obstáculos. Além de ser uma falácia, beira à utopia até mesmo durante a consolidação e a permanência de um ambiente pacífico.
De um modo geral, o sentido ideal de cessar-fogo está no desenvolvimento de uma cultura de paz que visa o fim da utilização de guerras como meio de oprimir o próximo ou até mesmo de tentar superar seus desgostos e diferenças; que promove a coexistência cooperativa entre os povos.
¿Informar X Informar?
Muitos se opõem à iniciativa, argumentando que, ao informarmos o que realmente tem acontecido no Oriente Médio, não promovemos a dissolução dos conflitos, mas sim a sua proliferação.
E é aí que entra uma diferença entre informar x informar. Ou o Projeto Cessar-Fogo prioriza a publicação de informação superficial, onde as reais problemáticas não são tratadas com todo o cuidado que merecem e há um incentivo indireto para a perpetuação do ódio e das diferenças por meio da desinformação; ou prioriza a publicação de um conteúdo rico em sustentação contextual, que dá atenção ao que cada uma das partes dos conflitos têm a dizer, que incentiva a reflexão e a crítica quanto às realidades apresentadas - tendo sempre em vista o ideal: a implementação de uma cultura de paz.
Como disse o senador norte-americano Iram H. Johnson, "quando começa uma guerra, a primeira vítima é a verdade". Mas, afinal de contas, não se trata de simplesmente classificarmos bons x maus, corretos x incorretos, pois a própria atitude dos coadjuvantes, considerando o contexto em que vivem, fala muito por si só. Cumpre a nós publicarmos o que for necessário para esclarecer pontos cruciais dos conflitos existentes no Oriente Médio.
Leitor, este é o primeiro ano de projeto. Gostaria de agradecer a você por cada comentário realizado, cada mensagem de incentivo, cada crítica construtiva. A sua participação é essencial para o desenvolvimento dessa "cultura de paz" que o projeto tanto almeja.
Com gratidão,
Jônatha Bittencourt - o Editor.