O ministro da Defesa, Ehud Barak, criticou os comentários do ex-chefe do Mossad, Meir Dagan, afirmando que o ex-diretor dos serviços secretos israelenses é uma pessoa que contribuiu em grande medida com o Estado, mas que não deveria ter compartilhado em público suas opiniões.
Dagan havia dito numa conferência que um ataque aéreo contra os reatores nucleares do Irã é "a ideia mais estúpida" que já havia escutado, enfatizando que tal ação provocaria uma guerra regional de consequências imprevisíveis.
"Não estou seguro de que as suas declarações sejam corretas e, se estamos tratando com questões de inteligência, não é certo compartilhar essas declarações com o público", afirmou Barak.
O ministro das Finanças, Yuval Steinitz, também afirmou que era lamentável que os comentários de Dagan tenham sido feitos em público.
Paralelamente, dois ex-chefes do Mossad, Danny Yatom e Efraim Halevy, declararam ter sido correta a atitude de Dagan, ao manifestar seu ponto de vista aos cidadãos.
Yatom disse que, em matéria de crítica de segurança, o chefe do Mossad pode, inclusive deve, compartilhar sua opinião depois de haver terminado seu mandato. Halevy coincidiu com Yatom, destacando que é apropriado para um ex-chefe do Mossad expressar seus pensamentos, se este considerar que existam coisas que o público deve saber.
Halevy disse que já estava "se metendo no assunto", mas explicou que as coisas que Dagan disse não negam a autoridade do governo ao tomar qualquer decisão.
Por sua vez, Yatom afirmou que apenas haviam sido acrescentados comentários sobre o Irã, coisas que já haviam sido reveladas antes, e que, pessoalmente, não descartaria uma ação militar contra o Irã se todas as demais medidas não alcançassem seu objetivo.
Via: Aurora
Tradução: Jônatha Bittencourt
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