"Não temos medo" |
Num discurso via videoconferência, durante o 11º aniversário da retirada israelense de uma pequena faixa ao sul da Síria, Nasrallah pediu ao povo sírio que protegesse o regime vigente.
"Pedimos aos sírios cautela pelo seu país e pelo seu regime resistente, deem a possibilidade de levar adiante as reformas que ele quer realizar com a cooperação de todos os membros da sociedade", disse aos seus seguidores reunidos na aldeia de Nabi Chit, no leste do Líbano.
O líder do Hezbollah assegurou que Al-Assad, diferentemente dos dirigentes de outros países onde têm revoltas, é "sério e insiste em levar adiante as reformas, mas com paciência e responsabilidade".
Na opinião de Nasrallah, a maioria do povo sírio confia em seu presidente e nas suas promessas.
"Nós estamos com paz e estabilidade na Síria", afirmou Nasrallah, que pediu que "não houvesse intervenção nos problemas desse país".
"Deixemos que eles solucionem por si mesmos as suas coisas", acrescentou, em alusão às acusações de que alguns grupos libaneses estão por trás das revoltas na Síria.
Aliás, pediu ao Líbano que descartasse qualquer sanção dos Estados Unidos ou de outros países ocidentais contra a Síria: "Devemos cooperar para que saia ilesa, para o bem deles e nosso", disse.
ISRAEL
Em seu discurso, Nasrallah voltou a criticar Israel, dizendo que é "mais fraco que uma teia de aranha".
Para o líder do Hezbollah, que acredita que os árabes estejam perto da vitória, é necessário apenas uma decisão árabe para demonstrar a debilidade de Israel.
"O problema está em nós, não em Israel", afirmou Nasrallah, que lembrou-se do falecido aiatolá iraniano, Khomeini, o fundador da República Islâmica do Irã, que afirmou que se os milhões de árabes jogassem um balde d'água em Israel, este desapareceria.
"Estamos perto da vitória e qualquer ataque norte-americano na região não levará a lugar algum. A Resistência (Hezbollah) permanecerá fiel aos seus objetivos e ao sangue de seus mártires. Não temos medo", destacou.
O líder do Hezbollah comentou que os discursos recentes do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, deram um golpe mortal na iniciativa árabe de paz.
"O que é que Obama e Netanyahu deixaram para o povo palestino, para a Autoridade Palestina e às para as facções palestinas?" Nasrallah solicitou à Liga Árabe a retirada de sua iniciativa de paz para o Oriente Médio.
Aliás, o líder xiita advertiu que não abandonarão as armas e ressaltou que os mais de 12 mil foguetes, que afirmou estarem sob a posse de sua organização, são uma fonte de orgulho.
Tradução: Jônatha Bittencourt
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