Fotografia: EPA |
O projeto da Bushehr foi concebido em 1970, mas a construção da usina foi adiada diversas vezes por questões políticas, como a revolução islâmica de 1979. Seus últimos testes só foram realizados na segunda-feira e a agência de notícias iraniana Fars informou que a unidade começará a fornecer energia em dois meses.
Temores - Alguns países ocidentais chegaram a pedir à Rússia que abandonasse o projeto da central. Moscou só conseguiu acalmar os críticos com um acordo que obrigava Teerã a devolver o combustível nuclear usado. Em fevereiro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas (ONU), chegou a dizer que tinha novas informações sobre as "possíveis dimensões militares" do programa nuclear iraniano.
Histórico - A discussão sobre as intensões do Irã já é antiga. Em junho de 2010, o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções contra a República Islâmica, pela quarta vez desde 2006, para tentar convencer Teerã a suspender suas atividades nucleares sensíveis. O Brasil votou contra a medida.
Pouco antes, o governo brasileiro e a Turquia haviam concluído um acordo com o Irã, prevendo a troca, em Ancara, de 1.200 quilos de urânio iraniano fracamente enriquecido (3,5%) por 120 quilos de combustível enriquecido a 20%, fornecido pelas grandes potências e destinado ao reator nuclear de finalidades médicas de Teerã.
Mas a proposta foi recebida friamente pelas grandes potências, que viram nisso uma manobra do Irã. Os aiatolás, contudo, insistem que seus interesses na tecnologia são meramente pacíficos.
Via: Veja
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