Israel rompe relações com o Conselho de Direitos Humanos da ONU

Avigdor Lieberman anuncia o rompimento.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, ordenou anteontem (27) o fim das relações com o Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, depois que este aprovou a criação de uma comissão para investigar o impacto dos assentamentos judaicos em território disputado com os palestinos.

"O ministro Lieberman decidiu que não vamos seguir colaborando com o CDH, principalmente porque é um órgão que não tem nenhuma credibilidade e por isso não queremos ter nada a ver com eles", explicou Paul Hirschson, um porta-voz do Ministério.

Segundo o porta-voz, o Conselho "perdeu toda a credibilidade quanto ao tema dos direitos humanos e não vale a pena cooperar com uma organização cheia de pessoas como os sírios e os iranianos, que vão ali decidir a respeito dos direitos humanos em outros países. Isso está totalmente desconectado da realidade".

A decisão implicará que, a partir de agora, não permanecerão diante do CDH representantes israelenses, nem responderão às convocações dos membros do órgão da ONU.

Quanto à comissão de investigação que possivelmente deveria chegar ao país para realizar sua investigação sobre os assentamentos, Lieberman decidiu que o Ministério não facilitará a entrada.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, reagiu com dureza ao anúncio da investigação, classificando como "hipócrita" o Conselho de Direitos Humanos, e assegurou que o órgão "deveria estar envergonhado de si mesmo".

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou em Genebra a criação da comissão de investigação com 36 votos favoráveis, 10 abstenções e um voto contra, o dos Estados Unidos, que foi muito crítico com a decisão, destacando o "viés anti-Israel" da organização.

Fonte: EFE/Aurora

Tradução livre: Jônatha Bittencourt

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