Forças de Defesa de Israel se preparam para incursão em Gaza

A incursão em Gaza visa a derrubada do governo
exercido pelo Hamas.

Nesta semana, a imprensa israelense noticiou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão se preparando para outra incursão em larga escala na Faixa de Gaza, para deter o lançamento de foguetes terroristas e conter a ameaça representada por grupos como Hamas e Jihad Islâmica. O Jerusalem Post publicou no mês passado que o Chefe do Estado Maior das FDI havia ordenado ao Comando do Sul que iniciasse o planejamento para a incursão na Faixa de Gaza. Tanto o governo de Israel quanto o seu exército eram severamente criticados, no passado, porque se afirmava que ambos ficavam inertes até que os terroristas da Faixa de Gaza matassem ou ferissem vários israelenses, quando, então, somente mais tarde, iniciavam a retaliação. Trinta foguetes e mísseis de médio-alcance foram lançados de Gaza contra o sul de Israel nos primeiros dois meses de 2012. Em 2011, houve 680 ataques de foguetes e de morteiros, incluindo 80 lançamentos de mísseis tipo Grad de médio alcance. As mortes foram poucas, mas os constantes ataques deixaram a região sul de Israel sitiada.

Quando um míssil tipo Grad atingiu a periferia da cidade ao sul de Bersheeva, duas semanas atrás, o Chefe do Estado Maior das FDI, General Benny Gantz, disse que seria apenas uma “questão de tempo” para o exército de Israel reentrar em Gaza. O site das FDI noticiou que de acordo com fontes do seu centro de defesa, o exército não irá seguir o mesmo plano de invasão utilizado na invasão à Gaza em 2008, na operação Cast Lead. Dessa vez, as FDI dividirão Gaza em três seguimentos, possivelmente estabelecendo presença permanente por toda a fronteira Gaza-Egito, e procurarão derrubar o regime do governo do Hamas. Outras notícias sinalizam que uma nova guerra em Gaza está prestes a começar, e semana passada as FDI aceleraram os planos de implantar um sistema antimísseis perto de Tel-Aviv. O Serviço de Inteligência informou que provavelmente os terroristas instalados em Gaza já possuem mísseis com capacidade de atingir a área metropolitana densamente povoada.

Enquanto isso, o Ministério de Relações Exteriores afirma, em sua avaliação que faz anualmente (relatório anual de Inteligência formulado pelo Ministério), que uma operação militar israelense iria gerar uma severa resposta por parte do Egito. Essa avaliação também afirma que possivelmente uma terceira Intifada ocorrerá em 2012, seja como resultado de uma decisão da Autoridade Palestina, seja como resultado de revoltas populares influenciadas pela onda de revoluções no mundo árabe. “Até este momento, nem a Autoridade Palestina nem a opinião pública parecem querer promover uma violenta escalada contra Israel”, afirma o relatório. “Ainda assim, o contínuo congelamento do processo diplomático, combinado com todos os movimentos drásticos de Israel nos campos militar e econômico e a contínua situação tormentosa do Oriente Médio poderiam causar alteração desse quadro.”

Fonte: Word of Life Israel