A manifestação palestina planejada para o próximo domingo no Líbano junto à fronteira com Israel, em memória à "Naksa" - derrota árabe na guerra de 1967 -, foi cancelada, informaram fontes militares.
As fontes comentaram que os palestinos prestaram informações ao Exército libanês sobre essa decisão e que optaram por se manifestar no interior dos campos de refugiados do "país do cedro".
As Forças Armadas do Líbano tomaram medidas rigorosas de segurança e declararam "zona militar" uma área de cinco quilômetros na fronteira com Israel, com o objetivo de prevenir a repetição da tragédia de 15 de maio, quando se comemorou o 63º aniversário de Nakba (catástrofe).
Nessa data, seis pessoas morreram e 112 ficaram feridas quando os manifestantes palestinos tentaram atravessar a fronteira, e os exércitos libanês e israelense abriram fogo.
Um chefe militar do movimento palestino Al Fatah no Líbano, Munir Maqdah, afirmou que a decisão de suspender a manifestação foi tomada por respeito ao governo libanês e declarou que o protesto foi suspenso, mas não anulado.
"Nós, refugiados palestinos, não queremos disputadas com o Governo libanês, por isso decidimos adiar nosso movimento", disse o líder da facção nacionalista palestina.
Ontem, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que havia dado às forças de segurança "instruções claras" de "atuar com moderação, mas com a firmeza necessária" diante de uma eventual chegada massiva de manifestantes às fronteiras no domingo.
A "Naksa" recorda a derrota árabe resultante da guerra relâmpago defensiva realizada por Israel em 6 junho de 1967, que teve como resultado a conquista da Cisjordânia, Gaza, o leste de Jerusalém, as Colinas de Golã e a península do Sinai (devolvida ao Egito após um tratado de paz assinado em 1978).
Tradução: Jônatha Bittencourt
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