Gilad Shalit, com 19 anos de idade quando sequestrado. |
O sequestro de Gilad Shalit, um jovem soldado israelense, tem sido pauta constante na imprensa internacional. E, de fato, não poderia ser deixado no esquecimento pois se trata de um caso de extrema importância, partindo da premissa básica em que as relações árabe-israelenses estão em foco, até a questão da efetividade. Não bastasse a existência de conflitos acirrados no Oriente Médio, a autoria do crime conta com a relevante participação do Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas.
Faixa de Gaza, mês de junho do ano 2006. O jovem Shalit, integrante do Corpo de Blindados na base de Telem - região fronteiriça entre Gaza, Egito e Israel -, tinha apenas 19 anos de idade quando tudo aconteceu. Passados cinco anos desde o ocorrido, as negociações permanecem numa situação delicada.
Uma análise apurada dos fatos nos conduz à percepção de que um jogo desigual está sendo travado. Ao longo dos anos, duas posições se evidenciaram: de um lado, os direitos humanos, as propostas que visam o bem-estar do jovem Shalit, de sua família e a segurança pública; do outro, um movimento extremista, onde não há respeito pela humanidade, onde os próprios [supremos] interesses articulam suas propostas.
Além de não apresentar provas de que o soldado permanece com vida, o Hamas negou toda e qualquer atuação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. O último "sinal de vida" prestado pela facção foi através de um vídeo em que solicitava a libertação de 20 prisioneiras palestinas em troca do israelense. Proposta realizada em 2009.
A exigência a ser cumprida para a libertação de Gilad Shalit é a seguinte: soltura de 1000 prisioneiros palestinos - dentre eles, o governo de Israel considera que 450 representam uma situação de risco à segurança nacional, já que são acusados de envolvimento em assassinatos de civis israelenses - muitos em atentados suicidas que resultaram em dezenas de mortos.
"Acredito que toda a comunidade civilizada deveria juntar-se a Israel e aos Estados Unidos e, todos nós, realizarmos uma demanda simples ao Hamas: Libertem Gilad Shalit."
(Benjamin Netanyahu - maio de 2011)
Fazendo jus às palavras do primeiro-ministro israelense, Porto Alegre será palco de uma passeata pela libertação de Gilad Shalit. O grupo Habonim Dror, movimento juvenil judaico sionista, está promovendo a manifestação pública que, além de clamar pelo jovem judeu, também evoca o sentimento de solidariedade e humanitarismo para os dias de hoje.
Matheus Astarita, estudante de Relações Públicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), já participou da liderança do Habonim Dror e acredita que, embora a passeata não influencie diretamente a libertação do jovem prisioneiro, servirá como demonstração dos esforços da comunidade judaica porto-alegrense em busca da paz.
Muitas pessoas estão confirmando sua presença através da promoção do evento pelo Facebook.
Por Jônatha Bittencourt
O QUE: PASSEATA PELA LIBERTAÇÃO DE GILAD SHALIT
ONDE: MONUMENTO EXPEDICIONÁRIO DA REDENÇÃO (ARCO) - CIDADE: PORTO ALEGRE/RS - BRASILQUANDO: DOMINGO, 3 DE JULHO ÀS 15 HORAS
2 comentário(s):
Queria entrar em contato com os organizadores da passeata.. Sabe como posso fazer isso?
Obrigado.
Saudações, Mila.
A passeata foi promovida pelo grupo Habonim Dror de Porto Alegre. Se você tiver Facebook, poderá adicioná-los e entrar em contato com eles pelo seguinte perfil ativo: http://on.fb.me/kEtjEy
Para contatos mais específicos, basta acessar o blog http://habonimpoa.blogspot.com - nele estão e-mails que poderão ser úteis.
Espero ter ajudado. Grande abraço.
Jônatha Bittencourt
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