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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ativistas na Flotilha de Gaza apoiam um regime terrorista

Alguém se importa em saber o motivo pelo
qual Israel mantém um bloqueio em Gaza?
A segunda flotilha - reunião de embarcações - de Gaza, originalmente programada para acontecer um mês atrás, incluindo 15 barcos e 1500 pessoas, está sendo executada com vários obstáculos. A data exata que o comboio marítimo zarpou foi mantida em segredo porque os organizadores queriam esconder isso de Israel o máximo possível. Contudo, é esperado que os barcos cheguem nas águas situadas fora de Israel pelo início da próxima semana – se chegarem.

Até o momento, há 10 barcos e aproximadamente 350 pessoas participando. Muitos fatores, aparentemente, causaram a reduzida participação. Israel pressionou os governos da Turquia e da Grécia, os quais possuem condições de atrasar ou até mesmo impedir a frota. A Turquia voltou atrás e a Grécia já manifestou oposição à flotilha. Mais do que nunca, aumentaram as críticas no cenário internacional contra a flotilha, especialmente depois da abertura da fronteira do Egito. Muitos questionam agora a necessidade de ocorrer a flotilha. Com efeito, alguns barcos enfrentaram problemas para conseguirem ser segurados pelas companhias de seguro. Finalmente, a data de início foi adiada também porque algumas embarcações tiveram problemas técnicos, que os organizadores chamaram de sabotagem, e também por causa de problemas burocráticos.

Em Israel, além dos esforços diplomáticos, a Marinha continua sua preparação para impedir a flotilha. Na terça-feira, um grande exercício militar foi realizado visando à tomada das embarcações. Os soldados são treinados para enfrentar tanto cenários passivos quanto cenários de violenta resistência armada. De acordo com as notícias em Israel, os participantes da flotilha estão sendo treinados para resistirem de forma passiva, e para tentarem prevenir a tomada dos barcos pelos israelenses encadeando os navios junto e impedindo o acesso. Porém, outras notícias falam que há participantes treinados para oferecem violenta resistência e até mesmo treinados no uso de substâncias químicas de resultado letal.

Políticos israelenses e líderes militares continuam com o discurso de que não vão permitir que a frota alcance Gaza. Eles dizem que os navios são desnecessários, porque os bens podem ser trazidos em rotas que atravessam Israel ou o Egito. O Chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, Benny Gantz, disse na terça que “a flotilha do ódio é mais uma tentativa de deslegitimar Israel através de provocação.” Além disso, Gantz afirmou que não há falta de suprimentos básicos em Gaza, dizendo que eles estão “importando televisores e telas de plasma e exportando produtos agrícolas para todo o mundo árabe.

COMENTÁRIO:
A flotilha de Gaza, de acordo com as reivindicações que seus organizadores fizeram, é um esforço humanitário que visa ajudar as pessoas em Gaza. Entretanto, pela forma como esta flotilha está sendo conduzida, ela deixou de ser uma ação humanitária e se tornou um ataque imoral ao Estado de Israel. Busca manipular a opinião mundial pelo abuso da imprensa. Dessa forma, oferece vitória ao regime do Hamas (no tocante à opinião pública) e legitimiza seu governo. Ao que parece, a principal luta dos organizadores não é o bem-estar dos habitantes de Gaza, mas a campanha contra Israel.

É injusto e provavelmente incorreto generalizar e afirmar que todos os participantes da flotilha são contra Israel, ou que eles não se importam muito com a questão humanitária em Gaza. Porém, verdadeiros ativistas de direitos humanos deveriam ter melhor perspicácia, ao invés de deixarem ser abusados e servirem de marionetes de organizações que apoiam terrorismo ou pessoas com extrema agenda política.

A questão toda relacionada à flotilha é geralmente discutida com base em argumentos legais e humanitários. De acordo com argumentos legais, há um dissenso entre os estudiosos se o bloqueio de Israel a Gaza está ou não em desacordo com o direito internacional. Tudo depende de interpretação. Os organizadores da flotilha repetem o discurso de ilegalidade no bloqueio, mas isso é apenas propaganda. Devido a complexidades do direito internacional, é pouco frutífero discutir o aspecto legal; pode ser entendido em ambas as direções (legal ou ilegal).

De acordo com o argumento humanitário, supostamente o principal motivo da ação da flotilha, não há nenhuma base para afirmar que existe uma crise humanitária em Gaza. Há falta de alguns produtos e há problemas para entrar e sair de Gaza, por causa do bloqueio de Israel, mas não há crise humanitária. Isso inclusive foi confirmado pela ONU. Israel pode importar, a qualquer momento, tudo o que for necessário para evitar uma crise. Nunca houve restrição sobre medicamentos – ao contrário do que dizem os organizadores da flotilha. Israel tem seguidamente convidado organizações de cuidados humanitários para importar bens a Gaza através de Israel, o que torna o argumento humanitário irrelevante. Finalmente, a fronteira com o Egito está aberta. Está difícil alegar que Gaza está sob cerco.

As questões legais e humanitárias são discutidas frequentemente, mas há um aspecto que é raramente abordado: o motivo do bloqueio. Alguém se importa em saber o motivo pelo qual Israel mantém um bloqueio em Gaza? Pela forma como isso é apresentado na imprensa, parece que Israel mantém o bloqueio em Gaza por falta de ter coisa melhor a fazer.

Permita-me uma breve lembrança: Em 2005, Israel se retirou de Gaza, eliminando “a ocupação que servia como desculpa”. Em 2007, o Hamas, uma organização islâmica, tomou o poder através de golpe de estado, matando e mutilando seus adversários. O Hamas pede a destruição de Israel! Repetindo: O Hamas pede a destruição de Israel! O Hamas vê o confronto armado como principal forma de destruir Israel e usa bombardeio a crianças e a civis para atingir seu objetivo. O Hamas não permite a liberdade de expressão em Gaza. O Hamas persegue a minoria cristã. O Hamas implementa a Charia (cógido de leis do Islamismo), com a qual discrimina mulheres e homossexuais, e persegue e prende pessoas que seguem um estilo mais moderno de vida. O Hamas usa civis como escudo em guerras. O Hamas mantém preso um soldado israelense em desacordo com o direito internacional. Em resumo, Israel mantém seu bloqueio a Gaza para defender seus cidadãos contra ataques de um regime terrorista cujo objetivo declarado, seguido à risca pelos seus atos, é a matança de judeus.

Os fundadores e os coorganizadores da “Flotilha da Liberdade”, a IHH Turca, apoiam o Hamas publicamente. Alguns dos participantes, envergonhados pelos fatos narrados no parágrafo anterior, negam que tenham algum acordo com o Hamas, mas afirmam terem acordos com diferentes organizações na sociedade de Gaza, tais como uniões de trabalhadores e organizações de saúde. Essa é uma desculpa ingênua e vazia. Todos os especialistas sabem bem que nada funciona em Gaza sem o envolvimento e a aprovação do Hamas. Mas se isso for o seu objetivo, ajudar pessoas sem apoiar o Hamas, então por que eles não importam as mercadorias através de Israel ou do Egito? Ainda assim não seria possível evitar o Hamas, mas pelo menos não daria vitória, no tocante à opinião pública, ao regime do Hamas em Gaza.

O ponto de partida é que a flotilha está dando crédito ao Hamas! Está legitimando, convalidando e apoiando um governo que é totalmente contra todos os princípios ocidentais de democracia e de humanidade. Como isso pode ser proposto por uma flotilha humanitária e de ajuda médico-humanitária? Como podem os ativistas de direitos humanos emprestarem sua credibilidade para um esquema que é tão obviamente corrompido e antiético aos valores de direitos humanos? Já é tempo de responder a essa charada.

Fonte: Word of Life Israel (30/06)

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