Páginas

terça-feira, 19 de junho de 2012

Presidente do Irã chega nesta terça-feira temendo isolamento

A rejeição brasileira ao pedido do Irã acendeu um sinal
amarelo nos bastidores da diplomacia.
A decisão da presidente Dilma Rousseff de rejeitar o pedido do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de uma audiência oficial durante a Rio+20 azedou a relação Brasília-Teerã, que havia se estreitado com a amizade entre Ahmadinejad e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizem diplomatas reunidos no Riocentro. Nos bastidores da conferência, o clima entre os delegados iranianos não poderia ser pior, apesar de, oficialmente, diplomatas de Teerã se esforçarem para mostrar tranquilidade.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Transição no Egito em perigo na véspera de fim de semana decisivo

"A anulação da Assembleia pode realmente permitir que
os militares assumam definitivamente o Legislativo."
A transição para a democracia no Egito entrou em perigo nesta sexta-feira após a invalidação das eleições legislativas vencidas pelos islamitas, cujo candidato enfrenta no segundo turno da eleição presidencial uma figura do antigo regime.

A decisão da Corte Constitucional de invalidar os resultados das eleições legislativas por uma brecha na lei eleitoral foi descrita pelos islamitas e por forças políticas do movimento revolucionário como um verdadeiro "golpe de Estado" orquestrado pelos militares no poder.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O direito de Israel a Jerusalém

por Deborah Srour

As eleições no Egito não resultaram em surpresas. O candidato da Irmanadade Muçulmana, Mohamed Morsi está na frente. Em um rally no dia 1o. de maio Morsi prometeu liderar o Egito na formação do novo Califato Muçulmano com sua capital em Jerusalém. Morsi também prometeu expulsar todos os cristãos coptas do Egito se não se converterem ao islamismo ou a reduzi-los a cidadãos de segunda classe, ou dhimmis.

domingo, 10 de junho de 2012

O conflito árabe-israelense de acordo com a “Teoria dos Jogos”

O conflito árabe-israelense imerso
num jogo de complexidades.
Dois homens, Rubens e Simão, são colocados em uma pequena sala com uma mala cheia de notas, totalizando U$ 100.000. O proprietário da mala anuncia o seguinte: "Eu vou lhes dar todo o dinheiro que está nesta mala com uma condição: vocês dois têm que negociar um acordo sobre como dividi-lo. Só se vocês dois chegarem em um acordo é que eu me prontifico a lhes dar o dinheiro; senão, não".

sábado, 9 de junho de 2012

Amos Oz: "Luto apenas pela vida e pela liberdade, nada mais"

"O problema não é a guerra em si,
mas a agressão."
Assista abaixo, na íntegra, ao Programa Roda Viva com Amos Oz, escritor, romancista e jornalista israelense, co-fundador do movimento Paz Agora. Amoz é conhecido no mundo inteiro pela defesa da paz e da coexistência entre dois Estados - um israelense e outro palestino.

O entrevistado do programa já esteve duas vezes no campo de batalha - na Guerra dos Seis Dias (1967) e na Guerra de Yom Kippur (1973) -, no entanto, acredita que o conflito não tem solução militar. Para ele, a paz virá por meio de concessões mútuas e dolorosas, como em um divórcio litigioso.

Condenação de Mubarak, um tiro pela culatra

"Prevemos mais derramamento de sangue. Sabemos que
não será fácil conseguir a liberdade", disse um cidadão.
Se com a prisão perpétua à qual foi condenado o ex-presidente Hosni Mubarak e um de seus assessores se pretendia acalmar a população do Egito, tudo indica que fracassou totalmente. Pouco depois de ser conhecida a sentença, no último sábado, dezenas de milhares de egípcios de todo o leque político tomaram as ruas de numerosas cidades para expressarem seu mal-estar pelo que consideram uma sentença benigna.

Só não devem ter comparecido os apoiadores incondicionais de Mubarak e Ahmed Shafik, candidato presidencial e último primeiro-ministro do regime de mão-dura que se estendeu de 1981 a 2111.

O juiz do tribunal penal do norte do Cairo, Ahme Refaat, condenou Mubarak e Habib al-Adly, ex-ministro do Interior, por "não deterem a matança".

Autoridade Palestina aceitará o status de Estado não-membro da ONU

Se as negociações falharem, pedirão o reconhecimento de
Estado não-membro da ONU, como é o Vaticano.
A Autoridade Palestina já havia solicitado ao Conselho de Segurança da ONU o reconhecimento de membro de plenos direitos, mas teve seu pedido negado. Desta vez, o pedido será outro, ela aceitará o status de Estado não-membro.

"Se as negociações com Israel não forem retomadas, pediremos o reconhecimento à Assembleia Geral da ONU do status de Estado não-membro, como o Vaticano", declarou Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina, em Paris, onde se encontrou com o recém eleito presidente da França, François Hollande.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vírus Flame: a primeira bomba atômica da ciberguerra

Em 2010, Richard. A. Clarke, que foi chefe dos serviços antiterroristas dos Estados Unidos com Bill Clinton e George W. Bush, publicou um ensaio entitulado Cyber War (Ciberguerra). Assim resenhou, muito criticamente, a revista Wired: "Encontrarão aqui o Livro do Apocalipse reescrito para a era da Internet, com o fim dos tempos anunciado pelos Quatro Cavalos Trojanos do Apocalipse". 

Pois bem, essa III Guerra Mundial que gurus como Clarke levaram anos profetizando e para a qual potências como Estados Unidos, Israel, Rússia e China têm se preparado, começou? Mesmo sem querer ser apocalíptico, o recente descobrimento do maligno informático Flame (Worm.Win32.Flame) parece indicar que estamos nos primeiros embates de tal conflito.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Tribunal de Jerusalém permite a deportação de imigrantes ilegais

"Eles continuarão tendo a oportunidade de solicitar asilo
em eventuais necessidades futuras."
Um tribunal de Jerusalém autorizou a deportação de cerca de 1.500 cidadãos de Sudão do Sul. Eles permaneciam ilegalmente no país e desfrutavam, até agora, de uma "proteção especial".

Grupos de Direitos Humanos solicitaram o adiamento da aplicação da medida, mas não mencionaram que os imigrantes estariam arriscando suas vidas ou sendo expostos a danos em caso de expulsão para o seu país de origem - o que coincide com as estimativas de diplomatas israelenses em Sudão do Sul de que os imigrantes não correm sérios riscos de vida.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mahmoud Ahmadinejad: Persona non Grata

Pela internet, foram divulgadas muitas manifestações
contra as práticas do regime iraniano.
Assim que foi confirmada a presença na Rio+20 do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, começaram a pipocar nas redes sociais manifestações de repúdio ao visitante em função das práticas violentas de opressão às minorias étnicas e religiosas em seu país, e por sua retórica revisionista de ódio genocida.

O Jornal das 10 da Globonews apresentou entrevista com um dos principais defensores dos direitos humanos no Irã, que acentuou que a vinda de Ahmadinejad tem o principal propósito de "mostrar que o Irã tem amigos".

Ministro israelense condena a violência contra imigrantes africanos

"A história judaica nos obriga a sermos especialmente
cautelosos em assuntos como esse."
O Ministério das Relações Exteriores de Israel condenou a violência contra os refugiados e imigrantes ilegais africanos que estão morando no país.

Avigdor Lieberman, ministro israelense, criticou duramente os defensores de atos violentos contra os africanos. Ele declarou que tais declarações só prejudicam os esforços do Ministério das Relações Exteriores para alcançar um acordo com os países de origem dos imigrantes.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Contar os Refugiados Palestinos?

Dos 5 milhões de refugiados legalmente reconhecidos,
99% são descendentes dos refugiados "originais".
O âmago fétido e tenebroso da guerra árabe contra Israel, como já venho afirmando há muito tempo, não consiste nos conflitos sobre Jerusalém, postos de controle ou "assentamentos". Melhor dizendo, consiste nos assim chamados, refugiados palestinos.

Assim chamados pelo fato dos cerca de 5 milhões de refugiados legalmente reconhecidos, assistidos pela UNRWA (sigla em inglês da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina), apenas 1% são realmente refugiados que se enquadram na definição da agência como "pessoas cujo local normal de residência era a Palestina entre junho de 1946 e maio de 1948, que perderam tanto seus lares como seus meios de sobrevivência em consequência do conflito árabe-israelense de 1948". Os outros 99% são descendentes daqueles refugiados ou o que eu chamo de refugiados fantasmas.