Páginas

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Abrindo a caixa dos horrores

Jornalista revela terrorismo sexual de Kadafi
Quase um ano depois da morte do ditador líbio Muammar Kadafi na queda de Sirte pelas mãos dos rebeldes, os horrores dos 42 anos de seu regime sanguinário continuam vir à tona. Em seus delírios plenipotenciários, ele sempre se gabou de ter liderado um estado laico que bloqueava as investidas dos fundamentalistas islâmicos. Nas palavras de Kadafi, as mulheres líbias tinham direitos que os vizinhos árabes e magrebianos lhes negavam. Eram cidadãs “quase” no mesmo nível dos homens.
 
Os jornalistas e as forças de paz que cobriram a guerra civil líbia sempre se perguntaram por que as mulheres não participavam dos levantes das ruas, ao contrário de suas pares tunisianas e egípcias durante a chamada ‘Primavera Árabe’. O que, afinal, as detinha de se juntar aos rebeldes nas praças de Trípoli, uma vez que, na medida do possível, elas sempre tiveram o direito de circular livremente, até mesmo sem o véu?

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Canadá fecha embaixada no Irã

Embaixada do Canadá em Tehran (WP)

Canadá suspende relações diplomáticas com o Irã - O país fechou sua embaixada em Teerã e deu um prazo de cinco dias para que todos os diplomatas iranianos deixem o país. O chanceler John Baird justificou a decisão: "o Canadá considera o governo do Irã como a ameaça mais significativa para a paz e a segurança do mundo hoje". Ele mencionou o programa nuclear iraniano e a hostilidade do regime dos aiatolás com Israel, além da aliança entre Teerã e o presidente sírio, Bashar al-Assad. O premier israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a medida do governo canadense.: "quero parabenizar o governo canadense, que tomou uma medida nobre e envia uma mensagem clara ao Irã e ao mundo todo. A iniciativa deve servir como um exemplo de moralidade e responsabilidade para a comunidade internacional".

Fonte: ALEF NEWS


O Cessar-Fogo está aberto para a opinião de seus leitores. Caso tenha outro posicionamento relacionado à questão abordada acima, envie seu artigo ou indicação de matéria para editor@cessarfogo.com . Após a avaliação e aprovação do material enviado, ele será encaminhado para publicação. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Diferentes narrativas palestinas sobre o conflito


Os árabes palestinos na Judéia e Samaria (Cisjordânia) e árabes israelenses mostram sinais crescentes de querer manter suas distâncias uns dos outros e manter diferentes narrativas sobre a história do conflito, de acordo com um novo estudo realizado pela Universidade Ben-Gurion. Entre alguns dos resultados que os investigadores acharam mais notáveis, 60% dos árabes israelenses entrevistados disseram que não gostariam que sua filha se casasse com um árabe palestino da Judéia e Samaria, enquanto 41% dos árabes palestinos dos territórios em disputa teve a mesma atitude para com suas filhas se casando com um árabe de cidadania israelense. Um total de 18% dos árabes israelenses disse que não gostaria de viver no mesmo bairro que os árabes palestinos. Igualmente surpreendente foram os seus pontos de vista sobre o resultado da Guerra de Independência de Israel de 1948, que os árabes palestinos chamam de Nakba (catástrofe). A Profa. Shifra Sagy que conduziu o estudo, disse que aqueles que permaneceram em suas aldeias e se tornaram cidadãos de Israel se referiram a eles mesmos como palestinos de 1948, enquanto que aqueles que fugiram ou foram forçados a sair e vieram morar na Faixa de Gaza ou Judeia e Samaria, como palestinos de 1967. “Há diferentes narrativas entre as pessoas de 1948 e 1967, e um grande problema é a questão de lealdade para com a terra. Nós perguntamos aos árabes de 1948 sobre sua narrativa, a qual é a de que eles foram fiéis à sua terra quando eles não a abandonaram e ficaram. As pessoas de 1967 olham para o mesmo problema, e dizem que os árabes de 1948 ficaram na sua terra, porque eles desistiram e sucumbiram à ocupação sem qualquer resistência”, Sagy disse. Cada grupo vê em grande parte sua narrativa como a legítima, acrescentou.


Fonte: Relatos de Israel (Livets Ord)


O Cessar-Fogo está aberto para a opinião de seus leitores. Caso tenha outro posicionamento relacionado à questão abordada acima, envie seu artigo ou indicação de matéria para editor@cessarfogo.com . Após a avaliação e aprovação do material enviado, ele será encaminhado para publicação. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Autor israelense escreve sobre a perda de filho na guerra


A dor da perda de seu filho mais novo Uri, morto há seis anos em combate no sul do Líbano, tornou a tarefa de escrever sobre a tragédia um ato insuportável, apenas superado porque a poesia veio em socorro do escritor israelense David Grossman, um dos mais conceituados autores de seu país ao lado de Amós Oz. Grossman, que escreveu um livro notável sobre a amarga experiência que divide com outros pais em Israel, Fora do Tempo (Companhia das Letras, 176 pp.., R$ 34,50 – Trad.: Paulo Geiger), teve de recorrer a uma figura mitológica para realizar esse trabalho de luto, um insólito centauro – metade homem, metade escrivaninha. Ele usa esse híbrido como metáfora do ser que perde a natureza humana, se torna afásico e depois recupera o poder da fala para traduzir em palavras a dor que sente, seguindo adiante em seu mundo de ausências. Como resultado, Fora do Tempo escapa a qualquer classificação de gênero. Não é romance, ensaio político, mas pode ser lido como prosa poética que reconta o drama vivido por Grossman e sua mulher sem que em nenhum momento seja evocado o nome de Uri. (O Estado de S. Paulo – 27/08/2012 – Por Antonio Gonçalves Filho)