Soldados beduínos em 1949. |
Ao longo dos anos, essa isenção para estudantes de yeshivás cresceu demais e se transformou em um dos tópicos mais amargamente contestados em Israel. O número de isenções cresce aos milhares todos os anos. Devido às constantes ameaças de segurança contra Israel, um fardo duplo é suportado pelos israelenses comuns: o serviço militar obrigatório para todos os jovens de 18 anos e os pesados impostos para cobrir os custos de defesa. A recusa dos judeus ultraortodoxos em servir no exército e pagar os impostos torna o fardo virtualmente insuportável para o restante dos cidadãos israelenses.
O problema é exacerbado pela demografia. Judeus religiosos e árabes muçulmanos (nenhum dos dois presta serviço militar nem paga valores substanciais de impostos) possuem uma taxa de natalidade muito maior que a maioria dos israelenses. Dentre as crianças iniciando a primeira série hoje em Israel, temos aproximadamente: 75 mil israelenses seculares e judeus religiosos modernos (que carregam o fardo do serviço militar e dos impostos), 40 mil árabes muçulmanos, 25 mil judeus ultrarreligiosos. Daqui a 12 anos, esse grupo vai alcançar idade militar.
O governo criou um comitê sob a liderança de Yohanan Plesner, membro do Knesset (parlamento) pelo partido Kadima, para pesquisar possíveis soluções para esse problema. Com a publicação do relatório e a aparente impossibilidade de resolver o problema, as tensões entre as comunidades seculares e as religiosas alcançaram um novo patamar e ameaçam desmantelar a aliança do governo.
É necessário encontrar uma forma de reeducar gradualmente, a longo prazo, para que a comunidade ultra ortodoxa preste serviço militar à nação e entre para a força de trabalho que paga impostos.
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