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terça-feira, 17 de julho de 2012

Metamorfoses da infâmia

O filósofo Roberto Romano. Foto: Unicamp (via: CONIB)
*Roberto Romano

Tempos atrás, na política internacional surgiu o apelido virulento de "Rogue State" para indicar os países que apoiam ou alimentam o terrorismo, o narcotráfico, a corrupção sistêmica. A fórmula foi ampliada por Jacques Derrida, que a traduziu como "État voyou". O termo francês voyou significa "pessoa de péssimo costume, bandido", ou "crápula". Derrida, para explicar o conceito, usa o seu oposto, a noção de respeito aplicada ao trato pessoal ou coletivo, nacional ou cosmopolita. Com semelhante divisão, ele estuda as noções e práticas de soberania legítima que prenunciam o advento de uma democracia universal.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Relatório de Plesner

Soldados beduínos em 1949.
Em 1952, o primeiro-ministro David Ben-Gurion teve um encontro com o influente Rabino Karelitz (conhecido como Chazon Ish) com o objetivo de promover uma ponte entre os judeus seculares e os religiosos no novo estado. Chazon Ish contou-lhe uma parábola talmúdica em que duas carroças, uma vazia e outra cheia, se encontravam em uma ponte estreita. Nesse impasse, a carroça vazia deveria retornar para deixar a que estava cheia passar. A implicação dessa parábola era que o estado secular deveria se submeter às demandas dos judeus religiosos. Como resultado da reunião, Ben Gurion concordou em dispensar do serviço militar 400 estudantes religiosos (em yeshivás) para os quais o “estudo da Torá é sua profissão”.