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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

"Não existe tal coisa como o Monte do Templo" diz membro árabe do parlamento israelense

Nos últimos anos tem havido um crescente interesse dos judeus religiosos de visitar seu local mais sagrado, o Monte do Templo. Eles são proibidos de trazer artigos religiosos para o local, mas são permitidos de orar lá de acordo com uma recente decisão da Suprema Corte.

No entanto, a polícia é encarregada de restringir distúrbios à ordem pública, por isso, em termos práticos, eles proíbem orações. Em muitos casos, essas visitas levam a um confronto com a autoridade muçulmana, waqf, encarregada da administração diária do local – ou com a juventude muçulmana que começam a atacar os judeus de várias maneiras. Nesse caso, a polícia israelense, que acompanha grupos judeus no Monte do Templo, geralmente força os judeus para fora do local e até mesmo o fecha para os não-muçulmanos por um período de tempo.
 
Aviad Visoli, que representa vinte e sete diferentes organizações do Monte do Templo, diz que eles estão trabalhando através de representantes no Parlamento israelense, o Knesset, para tentar dividir o Monte do Templo entre judeus e muçulmanos. “Hoje, os judeus percebem que o Muro das Lamentações não é suficiente. Eles querem ir para a coisa real”, disse ele. No entanto, Diretor do waqf Sheik Azzam al-Khatib, é intransigente: “Este lugar pertence aos povos muçulmanos e outros não têm o direito de orar aqui. Se eles tentarem tomar a mesquita, este será o fim dos tempos”.
 
Jamal Zahalka falando no Knesset em 2011.
Foto: Tomer Appelbaum (via: Haaretz)
No Knesset, debates acalorados estão sendo realizados sobre o assunto. Miri Regev do partido Likud diz: “Todos os cidadãos de Israel devem ter o direito de orar em seus locais sagrados, sem assédio ou ataques”. A isso, o membro árabe do Knesset
Jamal Zahalka respondeu: “Não existe tal coisa como o Monte do Templo. Ele não existe”.
 
Comentário:
Parece estranho ter um debate sobre se houve um templo no Monte do Templo. É verdade, evidências arqueológicas do próprio Templo são escassas, mas isso é porque não são permitidas escavações arqueológicas no Monte. Mas mesmo um panfleto muçulmano de 1924 publicado pelo waqf identificou o local como o lugar do Templo de Salomão. E há toneladas de evidências arqueológicas na vizinhança próxima que provam que as histórias da Bíblia, a Mishná, e o historiador judaico Josefo do primeiro século, todos falam em detalhes sobre o Templo. O local é, sem dúvida, o lugar mais sagrado no Judaísmo.
 
O Monte do Templo é também o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos-sunitas que o chamam de Al-Aqsa. Mesmo que isso seja baseado na lenda da Jornada Noturna Maomé e não tenha conexão com Jerusalém, mais tarde foi ligado ao Monte do Templo. O Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa foram construídos por volta do ano 700 para comemorar essa lenda.
 
Ultimamente, porém, os administradores muçulmanos do local tornaram-se cada vez mais hostis aos visitantes não muçulmanos de todos os tipos. Suas regras são cada vez mais rigorosas e o assédio em muitas formas diferentes está aumentando. O waqf também decidiu definir toda a área ao redor do Monte do Templo como uma mesquita gigante, algo que por razões teológicas torna impossível permitir a oração judaica no local. Isso acontece em simultâneo com uma campanha intensificada para destruir provas arqueológicas que ligam o lugar à história judaica, e uma negação de qualquer presença histórica judaica no local. É inconcebível e inaceitável que os judeus não tenham permissão para orar em seu local mais sagrado – ainda mais quando ele está localizado em sua própria nação. É tão inaceitável que isso aconteça em um Estado democrático que honra a liberdade de culto.
 
Assim, apesar da sensibilidade da questão, Israel, o governante soberano do Monte do Templo, deve considerar seriamente em separar uma área do Monte para judeus e cristãos orar. Se eles se recusarem a fazer algo para contrariar esta campanha muçulmana de mentiras e propaganda; se não levantarem suas reivindicações justas do local, o mundo em breve irá aceitar a noção de que o Monte do Templo é um local santo somente muçulmano. Este é um terreno escorregadio que conduz ao seguinte: Se os judeus não têm direitos sobre o Monte do Templo, que direitos eles têm ao território em qualquer lugar? Mas a história, bem como as normas democráticas, os direitos individuais e da justiça apoiam esta reivindicação judaica. Não é certo que a intimidação e o medo fautor de Sheik Azzam e seus semelhantes deverá negar aos judeus um direito tão básico como a oração em seu lugar mais sagrado.

Fonte: Israel Report (Livets Ord)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Soldados do IDF dançando Gangnam Style em casamento do Hamas

Foi isso que o site de comentários sobre Israel e Palestina +972 descreveu ontem como sendo um dos "incidentes mais bizarros do ano": em uma patrulha rotineira no Hebron, Cisjordânia, dois soldados entraram em uma festa de casamento quando ouviram tocar “Gangnam Style”.

De acordo com uma emissora de TV local "Channel 2" o casamento era de "uma conhecida família do Hamas". Depois que o vídeo foi para no Youtuve a patrulha inteira foi suspensa.

Confira o vídeo:


Com as informações +972

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Israelenses descobrem forma de evitar a gripe

Pesquisadores israelenses identificaram uma proteína que o vírus
da gripe usa para combater o sistema imunológico do organismo
O sistema imunológico é equipado com células “assassinas” (NK, do inglês “Natural Killer”) que reconhecem e eliminam as células infectadas pelo vírus da gripe para impedir que ele se espalhe. Se as células NK sempre funcionassem perfeitamente, ninguém ficaria com gripe. O estudante de doutorado Yotam Bar-On investigou esse mistério e suas descobertas podem levar a uma nova forma de se tratar essa infecção viral que, às vezes, pode levar à morte. “Há poucos anos, o meu supervisor, o prof. Ofer Mandelboim, descobriu que as células NK eram importantes para combater a infecção da gripe. No entanto, quando infectávamos camundongos com o vírus, descobrimos que ele pode manipular as células NK e evitar que elas o eliminem. As NK não funcionam 100% porque o vírus da influenza reage”. Em seu laboratório, na Universidade Hebraica de Jerusalém, Bar-On e Mandelboim identificaram a arma que o vírus usa para combater os “assassinos” do organismo: É uma proteína chamada de neuraminidase, capaz de neutralizar com eficiência os receptores das células NK responsáveis pela detecção das células infectadas com o vírus da gripe. Conforme o artigo publicado pelos pesquisadores no "Cell Reports", o vírus da gripe usa a neuraminidase para reduzir a eficiência das células NK em aproximadamente 50%. “O mais interessante é que, quando inibimos a neuraminidase, percebemos que as NK funcionavam melhor e os camundongos recuperavam-se da gripe. Portanto, comprovamos a capacidade de defesa contra o vírus da influenza inibindo a proteína”.

A emergência de novas cepas dos vírus da influenza, como a gripe aviária (H5N1) e a gripe suína (H1N1), levam a pandemias severas em todo o mundo. Recentemente, uma cepa mortal da gripa aviária (H7N9) causou a morte de seis pessoas em um mês na China. Os especialistas estão frustrados porque muitas cepas da gripe ficaram mais resistentes às drogas antivirais existentes. A descoberta de Bar-On e Mandelboim é o ponto inicial para o desenvolvimento de novos tratamentos para ajudar às células “assassinas” do sistema imunológico a fazer o seu trabalho de forma mais eficiente. “Agora, as drogas existentes funcionam para inibir uma proteína diferente no vírus da gripe a inibir a propagação do vírus, mas a desvantagem é que o vírus pode sofrer mutações e evitar os efeitos das drogas”, explica Bar-On. “Daí nascem as cepas resistentes”. A ideia dos israelenses é inibir a neuraminidase para permitir que as células NK funcionem em toda a sua potência. “Com esse tratamento, ficará muito mais difícil para o vírus escapar. Sob a supervisão do Prof. Mandelboim, estou trabalhando em uma abordagem mais prática para desenvolver essa droga”. Mandelboim, professor de imunologia geral e de oncologia do Instituto de Pesquisa Médica Israel Canadá (IMRIC), na Faculdade de Medicina da Universidade Hebraica, recebeu uma bolsa conjunta da Juvenile Diabetes Research Foundation e da Israel Science Foundation para trabalhar com Angel Porgador, da Universidade de Ben-Gurion do Negev para desenvolver anticorpos que bloqueiem um receptor usado pelas células NK para destruir as células produtoras de insulina no pâncreas.


Fonte: 
ALEF News / Edição 1.813

terça-feira, 25 de junho de 2013

Neutralidade no conflito árabe-israelense é indiferença


“a neutralidade (...) só poderia ser proveniente da indiferença. E reconheço que é uma atitude fácil, enquanto não saímos da Europa. Mas se, como eu fiz, empreendermos a viagem e virmos, nos arredores de Gaza, a morte lenta dos refugiados palestinos, as crianças macilentas, subalimentadas, nascidas de pais subalimentados, com os olhos sombrios e velhos; se, do outro lado, nos Kibbutzim fronteiriços, virmos os homens nos campos, trabalhando sob a ameaça perpétua e os abrigos cavados entre as casas, se falarmos aos filhos deles, bem alimentados, mas que têm, no fundo do olhar, uma angústia inexprimível, não nos podemos manter neutros; é que se vive apaixonadamente o conflito, e não se pode deixar de o viver sem um tormento incessante, examinando sob todos os seus aspectos e procurando encontra-lhe uma solução, embora sabendo muito bem que esta busca é infrutífera e que acontecerá – na melhor ou na pior das hipóteses – aquilo que os israelenses e os árabes decidirem.”



Jean-Paul Sartre